Lisboa e Vale do Tejo tem 99% de camas de cuidados intensivos ocupadas

Lisboa e Vale do Tejo, com 82 doentes internados, atingiu 99% do limite de 84 camas de cuidados intensivos destinadas à covid-19, indica o relatório das “linhas vermelhas” da pandemia.

Lisboa e Vale do Tejo tem 99% de camas de cuidados intensivos ocupadas

Lisboa e Vale do Tejo, com 82 doentes internados, atingiu 99% do limite de 84 camas de cuidados intensivos destinadas à covid-19 nesta região, indica o relatório das “linhas vermelhas” da pandemia hoje divulgado. “A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 82 doentes internados em UCI, representa 60% do total de casos em UCI [no país] e corresponde a 99% do limite regional de 84 camas em UCI definido no relatório “linhas vermelhas””, refere análise de risco da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo os dados das autoridades de saúde, a região do Algarve apresenta 15 doentes em UCI, o que corresponde a 150% do limite definido de dez camas destinadas à covid-19. As “linhas vermelhas” de controlo da pandemia estabelecidas por diversos especialistas preveem 245 camas como o valor crítico no conjunto dos hospitais de Portugal continental, apontando para uma distribuição regional de 85 camas no Norte, de 56 no Centro, de 84 em Lisboa e Vale do Tejo, de 10 no Alentejo e de 10 no Algarve.

O documento que estabeleceu estas “linhas vermelhas” salienta, porém, que a gestão integrada da capacidade do Serviço Nacional de Saúde pressupõe uma resposta em rede, o que significa, em medicina intensiva, que as necessidades regionais podem ser supridas com a resposta de outras regiões com maior capacidade. Segundo o relatório de hoje, o número diário de casos de covid-19 internados em UCI no continente revelou uma tendência crescente, correspondendo já a 56% das 245 camas, quando na semana anterior estava nos 46%.

Nos cuidados intensivos dos hospitais nacionais estavam, na quarta-feira, 136 doentes, com o grupo etário com maior número de pessoas internadas nestas unidades a corresponder ao grupo etário entre os 40 e os 59 anos, indica o documento da DGS e do INSA. “No último mês, o aumento da atividade epidémica tem condicionado um aumento gradual na pressão dos cuidados de saúde, em especial na ocupação dos cuidados intensivos e nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve”, refere a análise de risco da pandemia da última semana.

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