Medina diz que “há convergência total” com Governo no combate à pandemia

O presidente da Câmara de Lisboa disse hoje que “há convergência total” com o Governo no combate à pandemia, recusando que as críticas que fez correspondam a uma “ferida”.

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O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse hoje que “há convergência total” com o Governo no combate à pandemia de covid-19, recusando que as críticas que fez à atuação das autoridades de saúde correspondam a uma “ferida”.

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“Nada disto corresponde a uma ferida e a uma fissura, há uma convergência total entre Governo, Câmara de Lisboa, todos os municípios da Área Metropolitana de Lisboa, a fazer o maior esforço possível para enfrentar esta pandemia”, afirmou Fernando Medina, durante a reunião pública da Câmara de Lisboa, que decorreu por videoconferência.

Contudo, salientou, essa convergência não inibe a utilização da palavra de uma forma “muito direta, objetiva, construtiva” para a resolução de “pontos críticos” que é preciso melhorar para a “eficácia coletiva na resposta”.

Críticas visaram chefias regionais e a equipa que está no terreno na Grande Lisboa

Na terça-feira, no seu espaço de comentário político na TVI, Fernando Medina criticou a atuação das autoridades de saúde no combate à pandemia de covid-19 dizendo que “com maus chefes e pouco exército não é possível ganhar esta guerra”.

Posteriormente, numa entrevista ao ‘podcast’ do PS “Política com Palavra”, o autarca, que é também presidente da Área Metropolitana de Lisboa, esclareceu que as suas críticas visaram “especifica e circunscritamente” as chefias regionais e a equipa que está no terreno na Grande Lisboa.

Hoje, depois de questionado pelos vereadores do CDS-PP, do PCP e do PSD sobre essas declarações, Fernando Medina reconheceu que suscitaram “múltiplas interpretações”, mas especificou que o que disse foi no sentido de que é preciso, de forma rápida, testar, ter resultados, fazer os rastreios e assegurar que os infetados têm condições para ficar em isolamento.

«Temos então de suprir as falhas»

“Se temos de fazer isto rapidamente, temos então de suprir as falhas que estão neste momento a impedir na região de Lisboa e Vale do Tejo que isto seja feito com eficácia, foi este o sentido das minhas declarações públicas”, assinalou, notando que ainda não encontrou nenhum especialista que discordasse dessa estratégia.

“O que afirmo é que precisamos de ter os recursos necessários no terreno para que tudo isto ocorra em tempo, não vi ninguém criticar isto, Aliás, vejo com agrado que tem havido reforços sucessivos desta capacidade operacional no terreno”, acrescentou, insistindo que defende a existência de mais recursos e que todo o processo se desenvolva de forma o mais rápida possível.

Rapidez e coordenação

Reiterando que “é preciso haver boas chefias nos sítios certos”, principalmente numa operação de “grande exigência” como a de combate à pandemia, em que “tudo tem de ser feito com muita rapidez e muita coordenação”, o autarca salientou ainda que um dos maiores desafios da situação de Lisboa é que as 19 freguesias de cinco concelhos (Lisboa, Loures, Amadora, Sintra e Odivelas) que continuam em situação de calamidade têm quase um milhão de habitantes, correspondendo a zonas com “fortíssimas ligações e permeabilidades”.

Fernando Medina recordou também que foi proposta ao Governo a articulação das equipas de saúde pública com os sistemas de proteção civil dos municípios e que essa solução já está a funcionar no terreno.

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