Ministra da Saúde quer “amplo consenso nacional” para reforma estrutural do SNS

A ministra da Saúde apelou hoje a um “amplo consenso nacional” para concretizar a “reforma estrutural” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma tarefa que disse precisar de uma legislatura ou mais.

Ministra da Saúde quer

“Este trabalho não terá resultados em semanas ou meses. É um trabalho de uma legislatura, ou mais, e necessita de um amplo consenso nacional”, afirmou Ana Paula Martins, que falava na sessão que assinala o 45.º aniversário do SNS promovida pela comissão parlamentar de saúde.

Depois da intervenção do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, que abriu a sessão, a ministra da Saúde lembrou a história do SNS desde a sua criação, destacando algumas decisões tomadas por diversos governos, do PS e do PSD, desde a criação das Unidades Locais de Saúde à reforma da saúde mental, passando pela legislação da transplantação e pela criação dos Centros de Responsabilidade Integrada, entre outros.

Ana Paula Martins lembrou a necessidade da colaboração de todos para esta mudança estrutural que considera necessária no SNS, para que se adapte às novas realidades: “Dificilmente conseguiremos estar todos de acordo, mas temos de materializar um acordo para o essencial”.

Para esta “reforma estrutural” do SNS, a ministra disse que “os próximos Orçamentos do Estado são essenciais”, sublinhando que esta será uma “reforma em que todos deverão participar”.

Ana Paula Martins recordou que a saúde de hoje “é diferente da de há 45 anos”, acrescentando: “De um dos piores sistemas de saúde do mundo conseguimos inverter a situação, transformando assimetrias e desigualdades”.

Assumindo a defesa do SNS como “um dos pilares essenciais da atuação” deste Governo, designadamente do Ministério da Saúde, a governante disse que o objetivo não é apenas dar mais anos à vida, mas criar mais qualidade para os anos vividos, aproveitando ” a capacidade instalada de todos os setores”.

“As reformas não se fazem contra as pessoas, os profissionais ou os autarcas”, disse a ministra, sublinhando que para esta mudança devem contar “todos os agentes”.

No final da sua intervenção, a ministra da Saúde escusou-se a responder a perguntas dos jornalistas.

A sessão de hoje no parlamento conta ainda com intervenções da diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, o diretor executivo do SNS, António Gandra d’Almeida, a presidente da Comissão Técnica de Vacinação, Ana Marta Martins Valente Pinto, e o coordenador do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável, Nuno Marques, entre outros.

SO // ZO

By Impala News / Lusa

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