Mpox: Autoridades de saúde lançam plano para África de 541ME até fevereiro

O Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças (Africa CDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) criaram um plano continental de resposta à monkeypox (mpox), no valor de 600 milhões de dólares, até fevereiro.

Mpox: Autoridades de saúde lançam plano para África de 541ME até fevereiro

“Num significativo passo para fortalecer e acelerar a resposta ao surto em curso de mpox, o Africa CDC e a OMS lançaram hoje um plano continental de resposta em África, para apoiar os esforços dos países na contenção do contágio do vírus, e para proteger e salvar vidas”, lê-se no anúncio feito hoje numa conferência de imprensa, em Kinshasa.

O custo estimado para este plano, com um horizonte de seis meses, até fevereiro de 2025, “está perto de 600 milhões de dólares [541 milhões de euros], com 55% alocados à resposta à mpox em 14 países afetados, e prontidão em outros 15 Estados membros, ao passo que 45% será direcionado para o apoio operacional e técnico através de outros parceiros”, anunciaram as entidades.

Catorze países membros da União Africana (UA) notificaram 24.851 casos de varíola e 643 mortes desde o início de 2024, o que representa 5.466 novos casos e 26 novas mortes na última semana, 25 das quais na República Democrática do Congo (RDCongo), disse o diretor-geral do Africa CDC, Jean Kaseya, na conferência de imprensa conjunta com a OMS e a Autoridade de Resposta e Preparação para Emergências Sanitárias (HERA) da União Europeia (UE).

A grande maioria dos 24.851 casos (22.091) concentra-se na África Central, com a RDCongo a registar 20.463 casos este ano, 2.662 na última semana.

O mesmo acontece com as mortes, já que das 643 mortes registadas até agora, 639 ocorreram na África Central, 635 das quais na RDCongo.

Esta expansão do vírus representa um aumento de 104% em 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, com uma tendência de subida particularmente significativa desde maio passado.

A monkeypox (mpox) é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas que também pode ser transmitida entre seres humanos através do contacto físico, provocando febre, dores musculares e lesões cutâneas.

Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, tendo o primeiro alerta sido levantado em maio, depois de a propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo.

No entanto, a degradação da situação levou as autoridades de saúde a decretar o estado de emergência, em meados de agosto, face ao crescente contágio entre os países africanos.

MBA // MLL

By Impala News / Lusa

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