Recital com instrumentos históricos celebra Dia de Santa Cecília no Museu da Música
O Museu Nacional da Música, em Lisboa, celebra, na quarta-feira, o Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos, com um concerto por um trio que interpretará Haydn, Schubert e Beethoven, utilizando instrumentos históricos do seu espólio.
O Museu Nacional da Música, em Lisboa, celebra, na quarta-feira, o Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos, com um concerto por um trio que interpretará Haydn, Schubert e Beethoven, utilizando instrumentos históricos do seu espólio.
O concerto, por Duarte Pereira Martins, que tocará um piano Bechstein de 1925, Daniel Bolito, que utilizará um violino Galrão, de 1794, e Nuno Cardoso, que experimentará um violoncelo Dinis, de 1797, realiza-se na quarta-feira, às 19:00, e faz parte do ciclo “Um Músico, Um Mecenas”.
O programa do recital é constituído pelo Trio com piano em dó menor, de Joseph Haydn, Sete Variações sobre “Bei Männern welche Liebe fühlen” da “Flauta Mágica”, de Mozart, para piano e violoncelo, e a Sonata (opus 12 — 1), de Ludwig van Beethoven, e “Valsas Nobres”, de Franz Schubert.
Os instrumentos de Joaquim José Galrão (considerado o mais reputado construtor português de violinos e violoncelos da sua época) foram várias vezes tocados no ciclo Um Músico, Um Mecenas, tendo alguns dos exemplares pertencido ao rei D. Luís I (1838-1889), como é o caso do violino de 1780, que Daniel Bolito vai tocar.
Segundo o museu, o violoncelo de Félix António Dinis data de 1797, e é proveniente da coleção do compositor Alfredo Keil.
Na coleção do Museu Nacional da Música, atualmente instalado na estação de metropolitano do Alto dos Moinhos, estão, representadas “três oficinas que ficaram conhecidas pela construção de violinos e violoncelos de grande qualidade: a de Joaquim José Galrão, em Lisboa, no século XVIII, a dos Sanhudos, no Porto, no século XIX, e a dos Capelas, em Espinho, já do século XX e ainda em atividade.
Quanto ao piano de cauda Bechstein, de 1925, foi fabricado na Alemanha.
Duarte Pereira Martins é licenciado em piano pela Escola Superior de Música de Lisboa, e concluiu o curso de piano do Conservatório Nacional com a classificação máxima.
Fundou e é o vice-presidente do Movimento Patrimonial pela Música portuguesa (MPMP), dirigindo a sua temporada de eventos. É também diretor artístico das duas gravações integrais das sonatas de Carlos Seixas, por José Carlos Araújo, e de João Domingos Bomtempo, por Philippe Marques. É diretor executivo da Glosas — Revista de música.
Daniel Bolito iniciou os estudos musicais aos oito anos. Na Universidade de Évora finalizou um ano de pós-graduação com a classificação de 20 valores.
Colabora regularmente com a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, com a Orquestra de Câmara de Almada, e faz parte do Ensemble MPMP. Atualmente lecciona no Conservatório de Cascais.
Nuno Cardoso iniciou os estudos de música aos quatro anos, na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, onde os completou, em 2009, tendo obtido a máxima classificação e recebido o Prémio Adriana de Vecchi.
Licenciou-se pela Academia Nacional Superior de Orquestra, na especialidade de Violoncelo, e, paralelamente, fez a licenciatura em Matemática, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Atualmente, estuda na Musikhögskolan i Malmö, da Universidade de Lund, na Suécia.
No âmbito da Música de Câmara, estudou com Vasco Gouveia, Alexei Eremine, Paul Wakabayashi, Paulo Pacheco e Hans Pålsson.
É cofundador do MPMP, com o qual tem colaborado, em actividades e concertos pela difusão de obras de repertório musical português e de cultura lusófona, designadmente a primeira audição em Portugal da obra integral para violoncelo e piano de Henrique Oswald.
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