Diana Fialho e Iúri Mata conhecem hoje sentença

Diana Fialho e Iúri Mata, o casal acusado de matar a mãe adotiva da arguida, no Montijo, conhecem esta tarde a sentença, arriscando uma pena de 25 anos.

Diana Fialho e Iúri Mata, o casal acusado de matar a mãe adotiva da arguida, no Montijo, em setembro de 2018, conhecem esta tarde o acórdão no Tribunal de Almada, arriscando a pena máxima de 25 anos. Na semana passada, nas alegações finais do julgamento, o procurador do Ministério Público (MP), Jorge Moreira da Silva, defendeu que os arguidos sejam condenados, em coautoria, pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver. O procurador pediu, assim, a pena máxima de 25 anos de prisão pelo crime cometido de forma “escabrosa e maquiavélica, com requintes de barbárie”.

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Factos provados

Segundo o despacho de acusação do MP, os arguidos “gizaram um plano para matar Amélia Fialho, de 59 anos, e, ao jantar, colocaram fármacos na bebida da vítima que a puseram a dormir”, tendo depois desferido “vários golpes utilizando um martelo”, que causaram a morte da professora. Após o homicídio, relata a acusação, os arguidos embrulharam o corpo e colocaram-no na bagageira de um carro, deslocando-se até um terreno agrícola, em Pegões, no Montijo, onde, com recurso a gasolina, “atearam fogo ao cadáver”.

“Calculismo com que ambos atuaram”

Para Jorge Moreira da Silva, estes factos ficaram provados através da reconstituição do crime efetuada por Iúri Mata à Polícia Judiciária (PJ), do sangue encontrado na viatura e na residência dos arguidos, que “chegava a atingir o teto”, e das imagens nas bombas de gasolina, onde entraram separadamente para comprar combustível e um isqueiro (utilizados para carbonizar o corpo), o que mostra “o calculismo com que ambos funcionaram”.

O julgamento iniciou-se em 04 de junho e,  na última audiência, em alegações finais, a defesa do casal pediu a absolvição dos seus constituintes, por considerar que não ficou provada a participação no crime. A defesa apontou que os vestígios hemáticos nas roupas “não significa que tenham sido os autores”, além de criticar a “pseudo-reconstituição que nem é prova da acusação”.

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