António Lacerda Sales deixa alerta: «A epidemia não acabou. Desconfinar não é acabar»

Na habitual conferência de imprensa, esta sexta-feira, dia 8 de maio, após a divulgação do boletim epidemológico da covid-19, o secretário da Estado da Saúde começou por deixar um alerta.

António Lacerda Sales deixa alerta: «A epidemia não acabou. Desconfinar não é acabar»

Na habitual conferência de imprensa, esta sexta-feira, dia 8 de maio, após a divulgação do boletim epidemológico da covid-19, o secretário da Estado da Saúde começou por deixar um alerta. «A epidemia não acabou. Desconfinar não é acabar. Regressar aos fluxos das nossas vidas não pode nem deve pôr em causa o caminho que foi feito até aqui. Nunca é demais dizer isto», afirmou António Lacerda Sales.

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Lacerda Sales disse ainda que já foram realizados mais de meio milhão de testes diagnósticos da covid-19 em Portugal. «Durante o mês de abril, foram feitos em média cerca de 11.500 por dia. De 1 a 6 de maio a média foi de mais de 12.400 testes por dia, pelo que se mantém a tendência do aumento de testagem», revelou.

Publicada norma de orientação para refugiados e migrantes

O secretário de Estado revelou que foi publicada uma oritentação para refugiados e migrantes e para os técnicos que assistem esta população considerada mais vulnerável e «muitas vezes a viver em locais coletivos». Esta orientação «flexibiza alguns procedimentos para obtenção do número de utente de forma a garantir que ninguém fica sem acesso ao Serviço Nacional de Saúde», explicou.

Utentes e restaurantes são quem tem a responsabilidade

Quando questionada sobre as orientações para restaurantes, a diretora-geral da saúde diz que utentes e restaurante são quem tem a responsabilidade. «Não se pode relaxar as medidas. Nos sítios onde há relaxamento, surgem focos de infeção. O vírus não desapareceu. Apenas uma percentagem mínima foi infetada e todos os restantes, nós, estamos em risco», afirmou Graça Freitas.

Questionada sobre se os números já refletem o desconfinamento, Graça Freitas nega. «Neste momento não podemos afirmar que os números sejam de desconfinamento», afirmou. «Talvez seja um bocadinho cedo. Muitos casos foram encontrados em rastreios populacionais», acrescentou a diretora-geral da Saúde.

Linha SNS 24 está a «normalizar»

Sobre o resgresso da atividade hospitalar, António Lacerda Sales considera que é cedo para «se fazer um levantamento e dar dados concretos dado que hoje estamos no dia 8 de maio». «A perceção que temos é que esta retoma está a decorrer a um bom ritmo», continuou.

Quando questionado sobre os tempos de espera que rondam os 44 segundos na linha SNS 24, o secretário de Estado da Saúde disse que já é notada uma «normalização, o que é um bom indicador de retoma de confiança na nossa resposta».

DGS ainda não sabe quantas pessoas foram testadas

A DGS sabe que já forma feitos mais de meio milhão de testes em Portugal, contudo o número de pessoas testadas é desconhecido. «Não sabemos ainda o número de pessoas que foram testadas», explicou Lacerda Sales. «Muitas das pessoas fizeram mais do que um teste», justificou.

Texto: Joana Ferreira

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