5 conselhos para utilizar o seu cartão de crédito de forma sensata

Tome nota dos cinco conselhos de literacia financeira que temos para si.

5 conselhos para utilizar o seu cartão de crédito de forma sensata

Segundo o Banco de Portugal, no conjunto dos meses de março e abril, foram atribuídos mais de 120 milhões de euros em financiamento através de cartões de crédito, número que corresponde a cerca de 77 mil novos contratos.

A par dos créditos pessoais, os cartões de crédito são uma das soluções de financiamento mais utilizadas pelos portugueses, algo que se deve, em grande medida, à simplicidade nos pagamentos presenciais e online que proporciona, à flexibilidade no reembolso e à possibilidade de renovação do financiamento de forma sucessiva.

Porém, tal como acontece com outras soluções de financiamento, quando não são utilizados de forma sensata e racional, os cartões de crédito podem tornar-se uma fonte de problemas, nomeadamente o sobre-endividamento.

Para que isto não suceda e possa usufruir, em tranquilidade, de todas as vantagens que os cartões de crédito proporcionam-lhe, tome nota dos cinco conselhos de literacia financeira que temos para si.

5 conselhos para utilizar o cartão de crédito com sensatez

1º Não acumule cartões de crédito

Apesar de todas as vantagens que lhe proporciona, é importante para a sua saúde financeira que não acumule cartões de crédito, uma vez que o esforço orçamental que terá de fazer para cumprir com as suas obrigações contratuais, nomeadamente com os reembolsos mensais, será enorme.

Para saber qual o peso que reembolso mensal daquilo que gastou com o cartão ou os cartões tem no seu orçamento, calcule a sua taxa de esforço através da seguinte fórmula:

Taxa de Esforço = Encargos financeiros com as prestações de crédito / Rendimento Líquido Total do Agregado x 100

Através do cálculo desta taxa não só vai ficar mediatamente a saber qual o peso do reembolso nas suas finanças, como terá uma ideia mais firme sobre se um possível novo cartão poderá ou não ser aprovado pelo banco, já que as instituições financeiras utilizam esta taxa nas suas análises de risco.

2º Não utilize o cartão de crédito por impulso

Priorize os gastos que quer fazer com o cartão de modo a diminuir os juros a pagar e, claro, poupar.

Além disto, evite compras por impulso, pois será a acumulação de pequenos gastos supérfluos que vão ajudar a criar as condições para cair em sobre-endividamento.

Perante uma aparente oportunidade de compra, pare e pense se a mesma é necessária e qual o peso que terá no seu orçamento mensal.

3º Monitorize os seus gastos com o cartão

Aproveite a app de Homebanking ou os canais digitais do banco onde contratualizou o cartão de crédito para monitorizar as transações que faz com o cartão e, mediante essa análise, poder controlar os seus gastos.

Para além de o ajudar a racionalizar os seus gastos, esta monitorização é também importante para perceber se está ou não perto de atingir o plafond mensal do cartão.

4º Pague os fracionamentos na totalidade

Muitos cartões de crédito permitem o fracionamento dos reembolsos sem juros, desde que se faça o pagamento na totalidade.

Ainda que, na prática, o fracionamento de pagamentos seja uma vantagem, é importante que fique atento, já que se deixar passar o prazo, terá de pagar todos os juros não cobrados.

5º Cuidado com o cash advance

O cash advance é o nome dado ao levantamento de dinheiro com o cartão de crédito numa caixa multibanco ou ATM e, ao contrário do que acontece com um cartão de débito, esta ação tem custos acrescidos.

Ao dinheiro que pretende levantar, terá de somar uma taxa que irá variar conforme o montante do levantamento. Tal acontece porque o dinheiro levantado com o cartão de crédito conta como adiantamento de crédito, logo sujeito a juros.

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