Bancos portugueses com menos ativos financeiros internacionais com risco em março
Os ativos financeiros internacionais dos bancos portugueses na ótica do risco imediato eram de 74 mil milhões de euros no final de março, menos 9,6 mil milhões de euros do que no trimestre anterior, divulgou o BdP.
Os ativos financeiros internacionais dos bancos portugueses na ótica do risco imediato eram de 74 mil milhões de euros no final de março, menos 9,6 mil milhões de euros do que no trimestre anterior, divulgou hoje o BdP.
Já na ótica do risco de última instância, o valor dos ativos financeiros internacionais detidos pelos bancos portugueses ficou perto de 75 mil milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 9,4 mil milhões de euros em comparação com o final de 2016, de acordo com as estatísticas bancárias internacionais em base consolidada relativas ao primeiro trimestre de 2017 publicadas pelo Banco de Portugal (BdP).
Estas reduções são explicadas, “no essencial, pela alteração do universo de entidades consideradas nos dois períodos, em resultado de operações de aquisição de capital por parte de não residentes que levaram à diminuição do número de bancos com casa-mãe em Portugal”, refere o banco central.
Cerca de dois terços dos ativos financeiros internacionais detidos pelos bancos portugueses localizavam-se na União Europeia.
A exposição em risco de última instância a Estados-Membros da União Europeia e aos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) era superior à exposição em risco imediato.
Inversamente, perante os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), os bancos portugueses tinham uma maior exposição em risco imediato do que em risco de última instância.
O maior volume de ativos internacionais de risco de última instância em face dos ativos de risco imediato significa que existem ativos de bancos portugueses sobre entidades residentes com garantia prestada por entidades não residentes.
Esta diferença, que ascendia a aproximadamente a mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, correspondeu a uma transferência de risco líquida entre Portugal e o resto do mundo, refere o BdP.
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