BCE volta a subir taxas de juro em 25 pontos base
O Banco Central Europeu anunciou hoje uma nova subida das três taxas de juro diretoras em 25 pontos base, tal como na reunião anterior, colocando a taxa dos depósitos no nível mais elevado de sempre da zona euro.
No comunicado divulgado após a reunião de política monetária do Conselho de Governadores, o BCE informa que a taxa de facilidade de depósito subiu assim para 4%, as taxas de juro das principais operações de refinanciamento em 4,50% – a que conta para os créditos à habitação, por exemplo –, e a aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 4,75%.
“O aumento das taxas de juro hoje decidido reflete a avaliação do Conselho do BCE das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros disponíveis, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária”, justifica o banco central.
Esta foi a décima subida consecutiva das taxas de juro pelo banco central, que aumentou as taxas de juro em 450 pontos base desde julho do ano passado, o ciclo de subida mais rápido da história da zona euro.
Lagarde considera demasiado cedo para dizer que taxas de juro atingiram o pico
“É demasiado cedo para dizer se as taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) atingiram o seu pico”, disse a presidente da instituição, Christine Lagarde, na conferência de imprensa após anunciar o décimo aumento consecutivo de subida dos juros, com o objetivo de combater a inflação.
Christine Lagarde realçou que, “com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras atingiram os níveis que – se forem mantidos durante um período suficientemente longo – darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo”.
Questionada sobre se o BCE fechava, assim, a porta a uma nova subida dos juros, Christine Lagarde salientou que a próxima decisão da instituição irá depender “dos dados económicos”, sobretudo da avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária.
“Não podemos dizer que atingimos o pico”, afirmou, acrescentando que “as futuras decisões do Conselho do BCE assegurarão que as taxas de juro diretoras sejam fixadas em níveis suficientemente restritivos, durante o tempo que for necessário”, reafirmou.
Segundo Lagarde, a próxima decisão da instituição irá depender “dos dados económicos”, sobretudo da avaliação das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária.
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