Exportações do G20 estagnam no segundo trimestre devido a queda na UE
As exportações dos países do G20 estagnaram no segundo trimestre (0%), após o aumento de 1,7% no início do ano que pôs fim à tendência de contração em 2023, devido sobretudo à diminuição na União Europeia.
Segundo dados publicados hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), as exportações de bens das vinte economias mais importantes do mundo totalizaram cerca de 4,584 biliões de dólares, entre abril e junho.
Na UE, a taxa do segundo trimestre foi de -0,9%, em comparação com um avanço de 0,7% nos três meses anteriores, atingindo 1,773 biliões de dólares.
A queda é atribuída sobretudo à situação da Alemanha (-2,3%), que é o terceiro maior exportador do mundo, a seguir à China e aos Estados Unidos da América, uma vez que as vendas externas de produtos químicos e outros produtos manufaturados caíram de forma significativa.
Nos Estados Unidos, as exportações mantiveram-se estáveis, com um volume de 512,4 biliões de dólares, mas, no Canadá, agravaram a tendência descendente no segundo trimestre (-1,1%), pressionadas pelos setores automóvel e mineiro.
Outra quebra assinalável registou-se na Índia, onde as exportações de bens passaram de um crescimento de 5,6% para uma contração de 3,5%.
Também na China o crescimento das exportações registou um abrandamento, com o avanço de 6,6% no primeiro trimestre a passar para um valor mais modesto de 2%, entre abril e o final de junho.
A Argentina continuou a liderar os países do G20 em termos de aumento relativo, apesar de ter passado de 15,5% no primeiro trimestre para 5,2% no segundo, mantendo-se, porém, na base do bloco de países em termos absolutos do valor dos bens exportados (19.700 milhões de dólares).
Já as exportações de serviços do G20, num contexto geral de abrandamento, passaram de 3,4% no primeiro trimestre para 1,9% no segundo.
Quanto às importações de bens, entre abril e junho, observou-se um aumento de 1,2% em todo o bloco de países, após sete trimestres consecutivos de queda, impulsionadas, sobretudo, pelo aumento das importações nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Pelo contrário, a importação de serviços para o G20 abrandou para 1,1%, face a 3,7% no início do ano.
MPE // EA
By Impala News / Lusa
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