Fundo melhora projeção para a zona euro para os 2,1% este ano
O Fundo Monetário Internacional está mais otimista quanto ao desempenho da economia da zona euro para este ano, antecipando que cresça 2,1%, acima dos 1,9% anteriormente estimados.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista quanto ao desempenho da economia da zona euro para este ano, antecipando que cresça 2,1%, acima dos 1,9% anteriormente estimados.
De acordo com o ‘World Economic Outlook’ publicado hoje, o Fundo também melhorou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países da moeda única europeia também para 2018, esperando agora que cresça 1,9% no próximo ano, acima dos 1,7% antecipados em julho.
No entanto, ainda que tenha melhorado as projeções de crescimento na zona euro tanto para este ano como para o próximo, a instituição liderada por Christine Lagarde continua a apontar para um abrandamento do ritmo no próximo ano e, para 2022, antecipa a manutenção deste abrandamento da economia, para os 1,5%.
A revisão em alta das projeções para a zona euro em 2017 e em 2018 fica a dever-se ao facto de o Fundo estar mais otimista quanto ao desempenho das quatro maiores economias do euro nestes dois anos.
É o caso da Alemanha, que deverá crescer 2% este ano de 1,8% no próximo (mais 0,2 pontos percentuais do que há três meses) e de França, cujo Produto Interno Bruto (PIB) deverá subir 1,6% e 1,8% em cada um dos anos (mais 0,1 pontos face a julho, respetivamente).
O Fundo também melhorou as previsões para a economia italiana, que deverá crescer 1,5% em 2017 e 1,1% em 2018 (uma melhoria de 0,2 e de 0,1 pontos percentuais, respetivamente), e para a espanhola, cuja atividade deverá aumentar 3,1% e 2,5% em cada um dos anos (ficando a projeção inalterada para 2017 e tendo sido melhorada em 0,1 pontos para 2018).
A conta corrente da zona euro deverá situar-se nos 3,1% do PIB em 2017 e nos 3% do PIB em 2018 e a taxa de desemprego deverá recuar para os 9,2% este ano e para os 8,7% no próximo.
No que se refere a ações de política, o Fundo refere ainda que o Banco Central Europeu (BCE) “deve esperar por evidências concretas de uma subida sólida da inflação antes de reduzir” a abrangência da política monetária acomodatícia.
Na frente orçamental, a recomendação mantém-se: os países que tenham défices muito baixos e dívidas relativamente reduzidas devem usar a margem orçamental para apoiar reformas estruturais e impulsionar o investimento público para aumentar o crescimento potencial, dando o Fundo o exemplo da Alemanha.
Além disso, o FMI considera que, para reforçar a resiliência e a recuperação da zona euro, vai ser preciso “acelerar a limpeza dos balanços dos bancos” e “melhorar de forma duradoura a rentabilidade do sistema bancário”.
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