Ministério Público abre inquérito a caso das viagens à China
O Ministério Público abriu uma investigação relacionada com o pagamento a dirigentes do Ministério da Saúde de viagens e estada na China por uma empresa parceira da multinacional chinesa Huawei, indica uma nota da Procuradoria-Geral da República.
O Ministério Público (MP) abriu uma investigação relacionada com o pagamento a dirigentes do Ministério da Saúde de viagens e estada na China por uma empresa parceira da multinacional chinesa Huawei, indica uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Relativamente às notícias vindas a público no último fim-de-semana, a PGR procedeu à recolha de elementos e decidiu enviá-los ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa com vista a investigação”, precisa a PGR.
O semanário Expresso avançou no sábado que uma associada da multinacional chinesa (a operadora Nos) pagou os custos das viagens de avião e da estada na China a seis funcionários do Ministério da Saúde e das Finanças em 2015.
O caso levou o Ministério da Saúde a pedir a intervenção da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para averiguar os factos relacionados com o pagamento das viagens e estada àqueles funcionários do seu Ministério.
Também a Autoridade Tributária (AT) abriu um inquérito interno para apurar as circunstâncias que envolveram um funcionário daquele organismo.
Além da investigação agora iniciada pelo DIAP de Lisboa a estas viagens pagas a funcionários do Estado (Saúde e Finanças), a PGR adianta que está a “recolher elementos” sobre as notícias surgidas nas últimas horas do pagamento a quadros do Estado de viagens e estada nos EUA pela empresa tecnológica norte-americana Oracle.
O Observador noticiou na segunda-feira que cinco funcionários do Estado, de estruturas que dependem dos Ministérios da Segurança Social, das Finanças, do Ministério da Saúde e do da Administração Interna viajaram para São Francisco, Nos Estados Unidos, com estada na cidade entre 28 de setembro e 02 de outubro de 2014.
A PGR abriu também um inquérito, que corre termos no DIAP de Lisboa, depois de notícias surgidas no final de julho que revelaram que deputados e responsáveis do poder local tinham viajado para a China a convite a expensas da Huawei.
Este inquérito, segundo a PGR, encontra-se em “investigação, não tem arguidos constituídos e está em segredo de justiça”.
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