Remunerações caem com a covid-19 mais em Portugal do que em 28 países da Europa – OIT

A queda de 13,5% das remunerações em Portugal é a maior entre 28 países europeus. O desemprego e o lay-off são a principal razão deste recuo.

Remunerações caem com a covid-19 mais em Portugal do que em 28 países da Europa – OIT

A estimativa publicada nesta semana pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que a quebra de 13,5% da massa salarial nas remunerações dos portugueses é a mais elevada desde a pandemia de covid-19. O Relatório Global da organização sobre os salários avaliou o efeito da pandemia na evolução salarial dos países e apresenta o impacto exercido sobre 28 países europeus, incluindo Reino Unido, Noruega e Suíça.

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Lay-off e quebra de horas trabalhadas principais razões para a quebra nas remunerações

A análise da OIT indica que nestes 28 países as reduções no emprego e o corte de horários adotados – lay-off – para evitar perda de postos de trabalho determinaram uma quebra de 6,5% nos salários pagos, fruto em larga medida dos cortes feitos nas horas trabalhadas (11,4%, em média). O efeito da redução de horas na descida da massa salarial prende-se com o facto de a pandemia ter elevado tanto o número de desempregados como como o de salários mais baixos.

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Países Baixos, Croácia e Suécia foram os estados menos penalizados

A redução de 13,5% nas remunerações em Portugal é efeito de cortes salariais de 11,7% em resultado do lay-off simplificado a mais de 800 mil trabalhadores e também da perda de emprego, que que reduziu a massa salarial em 1,8%. Entre os 28 países analisados pela OIT, as maiores quedas nos salários registaram-se, depois de Portugal, em Espanha (12,7%) e na Irlanda (10,9%). Nestes dois países, o desemprego cresceu 3%. No lado oposto, Países Baixos (1,7%), Croácia (2,1%) e Suécia (2,5%) foram os estados com efeitos menos penalizadores nas remunerações em tempos de pandemia.

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