Standard Bank defende divulgação integral do relatório sobre dívidas ocultas de Moçambique

O Standard Bank considerou em Maputo que a divulgação do relatório completo da auditoria às dívidas ocultas de Moçambique seria um ato de transparência e iria ajudar na promoção da confiança no país.

Standard Bank defende divulgação integral do relatório sobre dívidas ocultas de Moçambique

O Standard Bank considerou hoje em Maputo que a divulgação do relatório completo da auditoria às dívidas ocultas de Moçambique seria um ato de transparência e iria ajudar na promoção da confiança no país.

“O princípio base que deve ser defendido em Moçambique e em qualquer parte do mundo é o princípio da transparência. Havendo condições para que esse relatório seja divulgado, porque não?” – questionou o economista-chefe do Standard Bank em Moçambique, Fáusio Mussá, falando à margem de uma conferência económica promovida hoje pela instituição na capital moçambicana.

Fáusio Mussá defendeu que uma atuação transparente em relação à questão das dívidas ocultas vai aumentar a confiança dos investidores em relação a Moçambique.

“A transparência aumenta a confiança no país”, declarou o economista-chefe do Standard Bank,

A divulgação do sumário do relatório da auditoria, prosseguiu Fáusio Mussá, foi bastante positiva, mas permanecem dúvidas em relação à posição que os credores de Moçambique, instituições financeiras e doadores irão assumir sobre o assunto.

“Será que isto vai facilitar as negociações com os credores do país? Será que isto vai facilitar o acordo para um programa com o Fundo Monetário Internacional? Ainda há uma serie de pontos de interrogação”, declarou.

Fáusio Mussá realçou que Moçambique precisa de recuperar a credibilidade dos credores, de modo a que estes deem mais tempo ao país, visando dispor de um serviço de dívida mais flexível.

“O mais importante aqui não é o rácio [da dívida] em si, o mais importante é o serviço de dívida, de quanto recursos o país tem de dispor” para cumprir com os pagamentos “e todos os estudos indicam que não é sustentável a forma como o país tem de pagar esta dívida”, frisou.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique divulgou no dia 24 um sumário da auditoria da firma internacional Kroll aos dois mil milhões de dólares que o anterior Governo moçambicano avalizou secretamente entre 2013 e 2014.

De acordo com a PGR, “lacunas permanecem no entendimento sobre como exatamente os 2.000 milhões USD foram gastos, apesar dos esforços consideráveis” para esclarecer o assunto.

 

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