Francisco José Viegas reage à morte de Luis Sepúlveda: «Isto assim não está bem»
O antigo secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas publicou no Twitter uma homenagem ao escritor chileno a quem tratava por «el gordito». Também Marcelo Rebelo de Sousa e José Luís Peixoto lamentam a morte de Sepúlveda.
Francisco José Viegas publicou no Twitter uma homenagem a Luis Sepúlveda, que morreu aos 70 anos vítima da covid-19. «Tratávamo-nos por ‘el gordito’ um ao outro. Isto assim não está bem. Ao fim de quase dois meses, um adeus anunciado», escreveu o antigo secretário de Estado da Cultura.
Os dois tinham estado juntos dias antes de Luis Sepúlveda ter sentido os primeiros sintomas da doença, quando participou no festival Correntes d’Escritas, na Póvoa do Varzim. O evento decorreu entre 18 e 23 de fevereiro e obrigou Francisco José Viegas a ficar de quarentena voluntária. «Tive vários contactos com ele e ainda por cima tinha estado na China e em Itália antes. É uma espécie de jackpot”, afirmou o escritor ao Expresso na altura.
Luís (1949-2020). Tratávamo-nos por «el gordito» um ao outro. Isto assim não está bem.
Ao fim de quase dois meses, um adeus anunciado. pic.twitter.com/lWVEt3xtaL— Francisco J. Viegas (@fjviegas) April 16, 2020
Marcelo recorda o «amigo de Portugal»
Também Marcelo Rebelo de Sousa recebeu com tristeza a notícia da morte de Luis Sepúlveda. «Pelo escritor que era, pelas circunstâncias que bem conhecemos, e porque era um amigo de Portugal”, lê-se numa nota publicada no ‘site’ oficial da Presidência da República Portuguesa.
Marcelo Rebelo de Sousa recorda que, desde a publicação de “O Velho que Lia Romances de Amor”, em 1989, “que Sepúlveda se tornara um dos autores da América do Sul mais lidos da atualidade, como não acontecia desde o chamado ‘boom’ latino-americano”.
José Luís Peixoto: «Querido Lucho»
José Luís Peixoto lembra Lucho, o nome pelo qual Luis Sepúlveda gostava de ser tratado pelos amigos. «Agora, não consigo chamar-lhe outro nome. Querido Lucho», escreveu o escritor na sua página do Facebook. «Passam-me pela cabeça estes quase vinte anos de encontros em várias partes do mundo, também as histórias partilhadas depois dos jantares na sua casa, em Gijón».
Texto: Carla S. Rodrigues
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