Thessy Kouzokas, jovem de 27 anos, decidiu publicar fotografias despida na rede social Instagram, a mostrar os efeitos adversos da doença endometriose. A mulher, diretora de arte, afirma saber que iria «chocar as pessoas», mas não quis deixar de contribuir para alertar para uma patologia que afeta inúmeras mulheres em qualquer idade reprodutiva e que, em casos mais graves, leva a menopausa precoce e a variados problemas de saúde.

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«A foto da esquerda é o meu estômago três semanas após um cisto rompido (5 semanas atrás). A foto da direita sou eu agora, depois de tomar um medicamento chamado synarel, que parou todas as minhas hormonas e me enviou para a menopausa aos 27 anos de idade», explica na legenda das fotografias. A endometriose afeta cerca de 10 por cento das mulheres em idade reprodutiva. O diagnóstico vem, muitas vezes, associado a uma ‘sentença’ de infertilidade. Apesar de ser uma doença tipicamente feminina, muitas mulheres só têm conhecimento da sua existência pela boca do ginecologista.

Origem da endiometriose desconhecida

«A origem da endometriose ainda não conhecida. É, por isso, motivo de controvérsia. A causa continua enigmática. Ainda não há uma explicação única. Acredita-se que, por trás, possa existir multiplicidade de fatores: genéticos, hormonais, imunológicos e, a mais divulgada, a teoria do refluxo do endométrio. Mas não há ainda certezas», explica ao Portal de Notícias o ginecologista e obstreta Joaquim Gonçalves.

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Como é feito o diagnóstico

Para o diagnóstico é importante a história clínica e o estudo complementar por ecografia, ressonância magnética e laparoscopia. Para diagnóstico definitivo, «apenas uma biópsia é conclusiva». «O clínico deve saber ouvir a paciente e estar atento a sintomas que possam parecer irrelevantes, mas que são um alerta para a doença, como sangramentos do nariz, por exemplo», conclui. A endometriose só se manifesta quando as mulheres menstruam e termina quando entram em menopausa.

Texto: Cynthia Valente | WIN Porto

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