Nyusi defende importância da modernização das telecomunicações para segurança pública
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apontou hoje a modernização das telecomunicações como essencial na prevenção e combate aos raptos e terrorismo, assinalando a importância da segurança pública para o desenvolvimento económico e social do país.
Moçambique enfrenta “um contexto de desafio no que tange à segurança interna, com a necessidade de prevenção e combate à criminalidade organizada e transnacional, como raptos, roubo de viaturas, tráfico de drogas e tráfico de seres humanos, imigração ilegal, contrabando de mercadorias e terrorismo”, afirmou Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de construção do Centro Integrado de Informação do Ministério do Interior, um projeto que conta com o apoio da Coreia do Sul.
O centro, referiu, vai promover a modernização das comunicações ente as unidades da Política da República de Moçambique (PRM) e do Serviço Nacional de Segurança Pública (Sensap), de salas de operações, automatização na mobilidade de viaturas das autoridades policiais e monitoramento e controlo de fluxo de tráfego.
A iniciativa prevê a introdução de tecnologia digital de ponta, permitindo, sobretudo, a verificação automática de impressões digitais pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), acrescentou Filipe Nyusi.
“É o início de uma nova era na gestão de informação e emergência de segurança no nosso país e é mais uma etapa na relação entre Moçambique e Coreia no domínio da segurança de pessoas, bens e infraestruturas”, declarou Nyusi.
O Presidente moçambicano afirmou que o empreendimento foi concebido em 2015 e resulta do empenho do Governo em reforçar a garantia da ordem, segurança e tranquilidade públicas.
Declarou que o Centro Integrado de Informação do Ministério do Interior terá a base central na capital do país e polos nas províncias de Maputo, região centro, e de Nampula, norte, e tem “natureza evolutiva” visando abranger todo o território nacional.
Entre os principais desafios na criminalidade do país, as autoridades têm apontado o terrorismo em Cabo Delgado, província assolada por uma insurgência armada desde 2017, e os raptos, que ressurgiram nos últimos anos nas capitais provinciais.
A polícia moçambicana registou, até março, um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou anteriormente o ministro do Interior.
PMA // ANP
By Impala News / Lusa
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