Um orangotango foi morto, cortado, cozinhado e depois comido por um grupo de trabalhadores de uma plantação de palmeiras em Bornéu, na Indonésia. A informação foi avançada pela polícia e por um grupo de conservacionistas. A investigação teve início após ser publicada uma imagem de um orangotango abatido por ter entrado numa plantação (utilizada para fabricar o óleo de palma – óleo de dendê).

Os animais, que são uma espécie em vias de extinção, são considerados “uma praga” para os donos das plantações que aconselham os seus empregados a atacar os orangotangos. O chefe da polícia local, Jukiman Situmorang, informou à imprensa internacional que durante as buscas às terras da quinta ainda encontraram ossos que pertencem a outros animais da espécie e carne seca num armário.

População de orangotangos caiu mais de 50% nos últimos 60 anos

Após a descoberta dos ossos, três suspeitos foram presos e outros sete foram ouvidos como testemunhas. Estes três homens são acusados de, no dia 27 de janeiro, matar, cortar, cozinhar e comer os orangotangos. Os suspeitos podem apanhar pena de prisão até cinco anos. O Centro para a Protecção dos Orangotangos (COP) condenou o abate do animal e chamou a polícia para tomar medidas contra a empresa e trabalhadores da plantação.

Em detrimento do desenvolvimento das plantações de palmeiras em Bornéu está a redução dramática do habitat natural dos orangotangos. Nos últimos 20 anos o território da espécie tem diminuído, assim como a sua população que caiu mais de 50% durante os últimos 60 anos, avança o Fundo Nacional para a Natureza (WWF).

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