António Costa afirma que a meta do défice é «a última» das preocupações do Governo

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que a meta do défice é “a última” das preocupações do Governo, sublinhando que a prioridade neste momento é “reconstruir” os territórios afetados pelos incêndios.

António Costa afirma que a meta do défice é «a última» das preocupações do Governo

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que a meta do défice é “a última” das preocupações do Governo, sublinhando que a prioridade neste momento é “reconstruir” os territórios afetados pelos incêndios.

“Essa tem que ser a última das nossas preocupações neste momento”, disse António Costa, quando questionado sobre a possibilidade de os apoios aos territórios afetados pelos incêndios poderem afetar a meta do défice.

Segundo o primeiro-ministro, é necessário “manter uma trajetória de consolidação orçamental”, sem que o Governo fique fixado nisso.

“Não podemos ter uma obsessão, quando a prioridade que temos neste momento é obviamente reconstruir o país, é apoiar as famílias, é apoiar a reconstrução das habitações, é apoiar a reconstrução do tecido económico”, sublinhou, considerando que sem a reativação da atividade económica na região afetada pelos incêndios “aquilo que está desertificado mais desertificado fica”.

António Costa falava aos jornalistas após uma reunião de trabalho à porta fechada na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em Coimbra.

A sessão contou com a presença da presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, do ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza.

Durante a reunião foi apresentado o levantamento provisório dos prejuízos nas empresas afetadas pelos incêndios de 15 de outubro

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

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