Blinken conversa com homólogo turco sobre negociações do cessar-fogo em Gaza
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, manteve hoje uma conversa telefónica com o seu homólogo turco, Hakan Fidan, sobre os mais recentes passos dados nas negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A conversa telefónica foi realizada a pedido dos Estados Unidos para “discutir a situação atual das negociações para um cessar-fogo entre o Hamas e Israel e os acontecimentos na região”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco na rede social X.
Blinken prometeu na terça-feira em Doha fazer “todo o possível” para que o movimento islamita palestiniano Hamas aceite um plano de cessar-fogo preparado pelos Estados Unidos, Qatar e Egito, que já foi aceite por Israel.
Ao contrário do que anunciou em maio o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o plano não prevê uma retirada total das tropas israelitas de Gaza e, embora Blinken tenha recusado dar pormenores, afirmou que “o acordo é claro sobre o calendário e os locais” de onde os militares se irão retirar.
A Turquia acompanha de perto a guerra na Faixa de Gaza e tem oferecido repetidamente a sua ajuda para mediar o conflito e participar como garante num futuro acordo de paz.
Ancara insiste que um cessar-fogo deve conduzir a um acordo que permita o estabelecimento de um Estado palestiniano independente, vizinho de Israel, de acordo com as fronteiras de 1967.
A retaliação israelita em Gaza já fez mais de 40 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Blinken concluiu hoje a sua viagem ao Médio Oriente sem ter conseguido avançar visivelmente com uma trégua em Gaza, e avisou Israel e o grupo islamita Hamas que a proposta dos EUA em cima da mesa pode ser a “última oportunidade”.
Foi a nona viagem de Blinken à região desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada após um ataque sem precedentes do movimento islamista palestiniano em 07 de outubro em solo israelita.
Os Estados Unidos acreditam que um cessar-fogo em Gaza poderá também ajudar a evitar um possível ataque contra Israel por parte do Irão e dos seus aliados, incluindo o movimento libanês Hezbollah, nomeadamente em retaliação ao assassinato do líder do Hamas a 31 de julho em Teerão.
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By Impala News / Lusa
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