Candidato trabalhista Jeremy Corbyn pede a demissão de Theresa May, na sequência dos atentados do fim-de-semana
O líder da oposição no Reino Unido, o trabalhista Jeremy Corbyn, pediu a demissão da primeira-ministra, Theresa May, na sequência da série de atentados deste fim de semana no país, alegando que esta cortou no número de polícias.
O líder da oposição no Reino Unido, o trabalhista Jeremy Corbyn, pediu hoje a demissão da primeira-ministra, Theresa May, na sequência da série de atentados deste fim de semana no país, alegando que esta cortou no número de polícias.
Questionado sobre se apoiava ou não os apelos à demissão de May, Corbyn respondeu: “Sim, efetivamente, porque são apelos lançados por muitas pessoas responsáveis, que se sentem inquietas com o facto de que ela foi ministra do interior [Administração Interna] durante tanto tempo e decidiu reduzir os efetivos policiais”.
May foi ministra (Secretária do Interior) de maio de 2010 a julho de 2016, quando assumiu o cargo de primeira-ministra, na sequência da demissão de David Cameron.
Em declarações hoje ao jornal Independent, o antigo consultor político de David Cameron, Steve Hilton, exigiu a demissão de May responsabilizando-a pelas “falhas de segurança” que levaram aos ataques terroristas em Westminster, Manchester e na Ponte de Londres.
Hilton disse que May é a responsável (política) pelos ataques, que já não deveria estar na corrida pela reeleição e que tem vindo a “passar as culpas” nas declarações que fez na sequência dos atentados.
Theresa May tem vindo a ser criticada desde o atentado-suicida de Manchester, a 22 de maio, por ter cortado 20 mil polícias dos quadros quando era ministra do Interior.
A primeira-ministra defende-se afirmando que sempre “protegeu o orçamento dedicado à polícia anti-terrorista”
May disse hoje que a polícia já identificou todos os atacantes que no sábado mataram sete pessoas na Ponte de Londres e no mercado de Borough, num ataque que considerou visar “o mundo democrático”.
A chefe do governo britânico acrescentou que o nível de alerta por ameaça terrorista contra o Reino Unido se manterá em “severo”, o segundo mais alto numa escala de cinco, após o atentado, em que 48 pessoas ficaram feridas, 21 em estado crítico. Confirmou também que 11 pessoas continuam detidas por possíveis ligações ao atentado, após uma ter sido libertada sem acusação. A polícia já determinou que a carrinha branca onde os atacantes viajavam entrou na ponte London Bridge às 21:58 horas de sábado no sentido norte-sul, tendo a certa altura subido o passeio e atropelado vários transeuntes.
A carrinha foi imobilizada no lado sul da ponte e os atacantes saíram armados com facas, entrando na área do mercado de Borough, onde existe uma série de restaurantes e bares, tendo apunhalado várias pessoas. A polícia recebeu um aviso pelas 22:08 horas e respondeu num espaço de poucos minutos, tendo oito agentes disparado cerca de 50 tiros, matando os atacantes, que envergavam coletes que simulavam ter explosivos.
O Reino Unido realiza eleições legislativas (antecipadas) na quinta-feira. May ainda lidera a maioria das sondagens, mas tem perdido a vantagem que detinha sobre Corbyn.
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