Cerca de 7 mil nómadas digitais interessados em mudar-se para a Madeira
Cerca de 700 nómadas digitais vivem atualmente na Madeira e mais de 7.000 manifestaram interesse em deslocar-se a prazo para a região, anunciou hoje o secretário regional da Economia, Rui Barreto.
Cerca de 700 nómadas digitais vivem atualmente na Madeira e mais de 7.000 manifestaram interesse em deslocar-se a prazo para a região, anunciou hoje o secretário regional da Economia, Rui Barreto.
“Estamos agora numa fase em que queremos também deixar os privados serem parceiros e deixar o mercado funcionar. Eu acho que está a ser um sucesso, porque nós temos já 700 pessoas a viver e a trabalhar na Madeira”, afirmou Rui Barreto.
O secretário regional acrescentou que a “plataforma tem mais de 7.000 inscritos que já manifestaram interesse” em ir para a região e sublinhou que este projeto posicionou a Madeira no mapa como “um dos 10 melhores destinos do mundo para trabalhar remotamente”.
O governante visitou hoje um novo espaço de trabalho para nómadas digitais, o Hub Remotely @ Vila Galé, iniciativa que decorre da colaboração entre a StartUp Madeira, sob a tutela da Secretaria Regional da Economia, e a equipa de empreendedores da ‘HubRemotly’, em prol da extensão do projeto ‘Digital Nomads Madeira Islands’ para outros concelhos do arquipélago.
Esta é a primeira parceira com um privado, o Hotel Vila Galé, situado no concelho de Santa Cruz, após o projeto-piloto iniciado no início do ano na Ponta do Sol, zona oeste da ilha.
Rui Barreto disse que o Governo da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, “teve de dar suporte” numa fase inicial, referindo que “agora as parcerias se vão alargar também ao privado”, destacando os “preços muito acessíveis” para aceder a um “espaço de trabalho em sistema de ‘cowork'” e ainda utilizar os diversos serviços do hotel, que tem um preço especial também para estadas.
O Nómadas Digitais começou com um projeto-piloto promovido pela Secretaria Regional da Economia deste arquipélago e pela Startup Madeira, que decorre entre 01 de fevereiro a 30 de junho.
Este projeto tem como objetivo atrair trabalhadores remotos, estando envolvidos, enquanto parceiros, a comunidade de nómadas digitais, empresas locais (hoteleiros e proprietários de alojamento local, empresas de animação turística, restauração, ‘rent-a-car’, saúde, consultoria, advogados, entre outros), o Centro Cultural John dos Passos, a NOS Madeira (internet) e plataformas internacionais (Nomadx e Flatio.com)
Esta é uma oportunidade de negócio que, segundo Rui Barreto, “tem um impacto enorme na economia” e também é uma forma de divulgar a Madeira no mundo.
“A Madeira tem condições ótimas no norte e no sul. Eles preferem mais o sul, porque tem um tempo mais quente e, o mar tem melhores condições, mas há sempre quem prefira o norte e nós estamos já a trabalhar no concelho de Santana, São Vicente e Porto Moniz”, anunciou.
Rui Barreto complementou que também está a ser “desencadeado um conjunto de contactos” na ilha do Porto Santo, porque “há vontade de muitos poderem trabalhar lá”.
“Temos o ‘coworking’ (escritório partilhado) 24 horas disponível, temos outros ‘coliving’ (residência partilhada) já com parceiros locais e o nosso objetivo é também dinamizar o comércio local porque existe muita oferta que se adapta ao que um trabalhador nómada precisa aqui no concelho”, sublinhou Luís Pestana, um dos três empreendedores responsáveis por este novo conceito na região.
O principal objetivo, segundo o empreendedor, passa por “juntar os madeirenses com a comunidade, tudo o que é trabalhador remoto”, de forma a proporcionar também “uma nova experiência para os madeirenses”.
Luís Pestana assumiu alguma dificuldade com os alojamentos em Santa Cruz, cidade onde se localiza o aeroporto, enfatizando a necessidade de poder “contar mais com o apoio dos alojamentos locais e empresários do concelho” porque a “oferta é pouca” para a procura que vai existir já nos próximos meses.
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