Coreia do Norte: Líder do regime de Pyongyang “está a pedir uma guerra”

O líder da Coreia do Norte está “a pedir uma guerra”, afirmou na segunda-feira a embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.

Coreia do Norte: Líder do regime de Pyongyang

O líder da Coreia do Norte está “a pedir uma guerra”, afirmou na segunda-feira a embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.

Durante o encontro, vários membros do Conselho de Segurança pediram mais sanções contra o regime de Pyongyang depois de este ter feito mais um ensaio nuclear.

A embaixadora Nikki Haley disse que os EUA vão ver os países que fazem negócios com a Coreia do Norte, entre os quais está a China, e apresentar um projeto de resolução durante esta semana, para procurar tê-la pronta em 11 de setembro.

“Já basta. A guerra nunca é algo que os EUA queiram. Também não a queremos agora. Mas a paciência do nosso país não é ilimitada”, disse Haley.

“Os EUA vão analisar todos os países que têm negócios com a Coreia do Norte enquanto país, isto é que estão a ajudar as suas intenções nucleares, imprudentes e perigosas”, acentuou.

A decisão foi tomada ao mesmo tempo que os dirigentes de Seul garantiram que o regime de Pyongyang está a preparar mais um teste de um míssil balístico.

Por outro lado, a Coreia do Sul disparou mísseis para o mar para simular um ataque ao principal local de testes nucleares da Coreia do Norte.

Ainda na segunda-feira, o presidente norte-americano falou ao telefone com o seu homólogo sul-coreano, tendo concordado em classificar o teste nuclear subterrâneo, feito no domingo pela Coreia do Norte, como uma provocação sem precedentes.

A reunião de emergência do Conselho de Segurança foi marcada depois de Pyongyang revelar que detonou uma bomba de hidrogénio e seis dias depois de este mesmo Conselho ter condenado fortemente o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte sobre o Japão.

Mas a resolução dos EUA tem um futuro incerto. A Federação Russa e a China propuseram uma abordagem com duas componentes: a Coreia do Norte suspende o desenvolvimento dos seus programas de mísseis e nuclear e os EUA e a Coreia do Sul suspendem os seus exercícios militares conjuntos.

O embaixador russo, Vassily Nebenzia, disse aos jornalistas depois da reunião que as sanções são insuficientes e que são necessárias negociações.

Outros diplomatas, designadamente franceses, britânicos e italianos, reiteraram exigências que o regime norte-coreano suspensa os seus programas balísticos e de armas nucleares e reclamaram mais sanções.

“Não podemos desperdiçar mais tempo. E para tal precisamos que a Coreia do Norte sinta a pressão”, afirmou o embaixador japonês, Koro Bessho, disse aos jornalistas antes da reunião.

 

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