Costa quer prioridade absoluta a reconstrução a par do esclarecimento das causas do incêndio em Pedrógão Grande
O primeiro-ministro assumiu que, na sequência do incêndio de Pedrógão Grande, as prioridades absolutas são a reconstrução do território atingido e a normalização da vida social, a par do esclarecimento cabal das causas da tragédia.
O primeiro-ministro assumiu hoje que, na sequência do incêndio de Pedrógão Grande, as prioridades absolutas são a reconstrução do território atingido e a normalização da vida social, a par do esclarecimento cabal das causas da tragédia.
Esta posição foi assumida por António Costa no final de uma reunião com os presidentes das câmaras do Barreiro, Almada e Seixal sobre o arco ribeirinho da margem sul do Tejo.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro recusou-se porém a falar sobre uma reunião que na terça-feira, eventualmente, terá em São Bento com os líderes dos diferentes partidos sobre a tragédia ocorrida no dia 17 de junho na sequência de um incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, distrito de Leiria.
“Na minha agenda oficial não consta qualquer tipo de reunião [na terça-feira]. Eu só falo sobre matérias que fazem parte da minha agenda oficial”, respondeu.
Em relação às consequências da tragédia resultante do incêndio de Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas, António Costa defendeu que o seu executivo está concentrado “em duas prioridades”.
“Em primeiro lugar, a reconstrução e a reposição da normalidade nos territórios atingidos, razão pela qual no final desta semana teremos concluído o levantamento das necessidades em matéria de habitação e de infraestruturas. Já estão obras no terreno relativamente a pavimentos que foram destruídos”, apontou, a título de exemplo. Também de acordo com o primeiro-ministro, estão já no terreno equipas da Segurança Social a prestar apoios sociais de emergência e, por outro lado, hoje, em Bruxelas, o ministro do Planeamento, Pedro Marques, reúne-se com a Comissão Europeia para agilizar apoios comunitários, designadamente em sede de apoios à reconstrução de empresas.
O Ministério da Agricultura – prosseguiu – está a trabalhar para “assegurar a reposição da capacidade produtiva, garantindo ao mesmo tempo a alimentação de animais após a destruição de pastos”.
“Numa segunda linha, queremos o esclarecimento cabal, seja daquilo que nós próprios [Governo] devemos obter de informação, seja ao nível de inquéritos independentes: O do Ministério Público, e a iniciativa do PPD/PSD junto da Assembleia da República. Daremos todo o apoio e estamos disponíveis para colaborar ativamente”, referiu.
O primeiro-ministro afirmou também aguardar para hoje mesmo os esclarecimentos da rede de comunicações SIRESP SA sobre o que efetivamente terá ocorrido com o sistema no sábado, dia 17 de junho, matéria em que já foram assumidas falhas por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
“Isto é fundamental porque temos de apurar todas as questões relativas a este acidente, primeiro porque o devemos à memória daqueles que faleceram, ao respeito que temos de ter pelas famílias e amigos das vítimas, e também porque temos esse dever com as populações daquele território e para todo o país. É preciso saber o que se passou para que, de futuro, não volte a acontecer”, sustentou António Costa.
De acordo com o líder do executivo, em concreto, importa aguardar pela resposta do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) sobre a especificidade do evento de natureza meteorológica que ocorreu no dia 17 naquela zona do país.
“Aguardamos igualmente que a GNR apresente o resultado final do inquérito que já formulou e aguardamos para hoje mesmo a resposta da SIRSP SA à ministra da Administração Interna [Constança Urbano de Sousa] sobre o funcionamento do sistema”, acrescentou o líder do executivo.
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