Covid-19. Bruxelas acorda com Johnson & Johnson vacina para 200 milhões
A Comissão Europeia concluiu hoje um contrato com a farmacêutica belga Janssen, do grupo norte-americano Johnson & Johnson, para permitir que a potencial vacina para a covid-19 desenvolvida pela companhia chegue a 200 milhões de europeus.
A Comissão Europeia concluiu hoje um contrato com a farmacêutica belga Janssen, do grupo norte-americano Johnson & Johnson, para permitir que a potencial vacina para a covid-19 desenvolvida pela companhia chegue a 200 milhões de europeus.
Em comunicado, o executivo comunitário dá conta da aprovação deste contrato, que já é o terceiro que a instituição conclui com empresas farmacêuticas que estão em fases avançadas no desenvolvimento de vacinas para o novo coronavírus.
“Assim que se comprovar a segurança e a eficácia da vacina contra a covid-19 [da belga Janssen], o contrato permite que os Estados-membros adquiram vacinas para 200 milhões de pessoas”, tendo ainda “a possibilidade de adquirir vacinas adicionais para mais 200 milhões de pessoas”, explica a Comissão Europeia.
Além disso, os países da União Europeia (UE) “podem também decidir doar a vacina a países com rendimentos baixos e médios ou redirecioná-la para outros países europeus”.
Antes do contrato hoje anunciado, a Comissão concluiu acordos semelhantes com a AstraZeneca e com a Sanofi-GSK, tendo ainda terminado com êxito negociações exploratórias com a CureVac, a BioNTech-Pfizer e a Moderna.
A potencial vacina da Janssen contra a covid-19 tem por base uma tecnologia que permitiu à farmacêutica fabricar uma vacina contra o ébola, recentemente aprovada, e candidatas contra o zica, o RSV e o VIH.
“A decisão da Comissão de apoiar esta vacina baseia-se numa avaliação científica sólida, na tecnologia utilizada, na experiência da empresa em matéria de desenvolvimento de vacinas e na sua capacidade de produção para abastecer toda a UE”, adianta a Comissão Europeia.
No final de setembro, a Johnson & Johnson anunciou que iria começar os testes da fase 3, última etapa de desenvolvimento da sua vacina contra a covid-19, que deverá incluir até 60 mil voluntários em oito países, incluindo o Brasil.
A vacina, cujo nome oficial é Ad26.COV2.S, está a ser desenvolvida pela farmacêutica Janssen, que faz parte do grupo Johnson & Johnson.
A Johnson & Johnson, que está empenhada em distribuir a vacina sem ter lucro, já enfatizou que pretende aumentar a sua capacidade de produção, esperando desde logo ser capaz de entregar mil milhões de doses da vacina por ano.
Além do Brasil, a fase 3 de testes também abrangerá Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, África do Sul e nos Estados Unidos.
As fases 1 e 2 desta potencial vacina produzida da Janssen foram iniciados em julho nos Estados Unidos da América e na Bélgica.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 2.040 pessoas dos 81.256 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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