Covid-19. Reduzir quarentena à chegada a Inglaterra vai custar mais de 70 euros
A redução da quarentena exigida às pessoas que cheguem a Inglaterra do estrangeiro, de duas semanas para cinco dias, depende do resultado de um teste pago pelos próprios viajantes, que custa pelo menos 65 libras (73 euros).
A redução da quarentena exigida às pessoas que cheguem a Inglaterra do estrangeiro, de duas semanas para cinco dias, depende do resultado de um teste pago pelos próprios viajantes, que custa pelo menos 65 libras (73 euros).
De acordo com o novo sistema, que entra em vigor a 15 de dezembro, as pessoas que cheguem de países sem isenção de quarentena têm na mesma de iniciar isolamento profilático, mas após cinco dias podem realizar um teste de diagnóstico à covid-19.
Se o resultado for negativo, podem sair da quarentena.
O custo de um teste feito no sistema privado pode custar, em média, entre 65 e 120 libras (73 e 135 euros) e o resultado demora entre 24 a 48 horas.
Por enquanto esta medida aplica-se apenas a Inglaterra, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia sobre questões de saúde.
O ministro do Transportes, Grant Shapps, disse que o objetivo é facilitar e promover as viagens internacionais e ajudar as indústrias dos transportes e turismo, particularmente afetadas pelas restrições de circulação relacionadas com a pandemia covid-19.
“A nossa nova estratégia de teste vai permitir viajar com mais liberdade, ver entes queridos e impulsionar a economia internacional”, afirmou, em comunicado.
A organização que representa as companhias aéreas britânicas, Airlines UK, considerou a medida “um bom começo”, que descreveu como “uma luz ao fundo do túnel”.
Porém, continua a defender um sistema em que os testes sejam feitos pelos passageiros antes da partida para evitar qualquer tipo de quarentena à chegada porque “é a única maneira de reabrir o mercado de forma abrangente”, disse o presidente, Tim Alderslade.
O Reino Unido introduziu a necessidade de quarentena por 14 dias a todas as pessoas que cheguem do estrangeiro ao Reino Unido em 08 de junho para evitar a importação de infeções com covid-19, mas um mês depois isentou cerca de 70 países e territórios, criando “corredores de viagem internacionais”.
Entretanto, devido à segunda vaga da pandemia covid-19, a maioria destes destinos foi removia da lista de países seguros, incluindo Portugal, que só beneficiou da isenção de quarentena durante três semanas.
Um refinamento da análise dos dados permitiu a introdução de “corredores de viagem regionais”, que permite avaliar ilhas separadamente dos territórios continentais, beneficiando a Madeira e Açores, arquipélagos que estão isentos de quarentena na chegada ao Reino Unido.
O anúncio feito hoje chega um dia após o primeiro-ministro, Boris Johnson, confirmar que o confinamento nacional em Inglaterra de quatro semanas vai ser levantado a 02 de dezembro e substituído por medidas regionais envolvendo três níveis de restrições com base na dimensão dos surtos em diferentes áreas geográficas.
Johnson adiantou estar a ser discutido com os governos autónomos da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte um alívio das restrições durante a época do Natal para permitir o convívio entre famílias e amigos.
O Reino Unido é o país europeu e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, Índia e México, com o maior número de mortes de covid-19, tendo contabilizado 55.230 oficialmente e 63.873 cujas certidões de óbito fazem referência ao novo coronavírus como fator contributivo.
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