Donald Trump deverá hoje reconhecer Jerusalém como capital de Israel
Donald Trump, que deverá hoje reconhecer Jerusalém como capital de Israel, considerou – antes do seu discurso sobre o assunto – que esta decisão há muito que já deveria ter sido tomada.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deverá hoje reconhecer Jerusalém como capital de Israel, considerou – pouco antes do seu discurso sobre o assunto – que esta decisão “há muito que já deveria ter sido tomada”.
“Temos um anúncio importante a fazer (…) e penso que há muito que já deveria ter sido feito”, declarou Trump.
“Muitos presidentes disseram que iam fazer qualquer coisa e não fizeram nada”, acrescentou o chefe de Estado norte-americano, numa referência à intenção manifestada por vários dos seus antecessores de mudar a embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém.
De acordo com fontes da Casa Branca, Trump vai reconhecer hoje Jerusalém como capital de Israel, para onde vai transferir a embaixada, num discurso marcado para as 13:00 (18:00 em Lisboa).
“O Presidente Trump vai reconhecer Jerusalém como a capital de Israel”, indicou um responsável da administração norte-americana, que pediu o anonimato, e avançar para o “reconhecimento de uma realidade” tanto histórica — Jerusalém figura como capital do Estado judeu desde a Antiguidade — como contemporânea — porque tem sido a sede do Governo israelita desde a fundação moderna daquele Estado em 1948 -, em vez de uma declaração política.
Os Estados Unidos vão transformar-se assim no único país do mundo a reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da parte oriental conquistada em 1967.
Israel considera a Cidade Santa a sua capital “eterna e reunificada”, mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém-leste deve ser a capital do Estado palestiniano ao qual aspiram, num dos principais diferendos que opõem as duas partes em conflito.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.
Uma lei norte-americana de 1995 solicitava a Washington a mudança da embaixada para Jerusalém, mas essa medida nunca foi aplicada, porque os Presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama adiaram sua execução, a cada seis meses, com base em “interesses nacionais”.
Dado o tempo que deve levar a transferência da embaixada para Jerusalém, Trump deve assinar, na mesma ocasião, uma ordem para prorrogar a aplicação dessa lei.
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