EUA pedem apuramento “credível e transparente” dos resultados eleitorais em Moçambique
A Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Maputo enalteceu hoje a forma pacífica como os moçambicanos votaram nas eleições gerais de 09 de outubro, motivo pelo qual o apuramento dos resultados deve ser “credível e transparente”.
“A Embaixada dos EUA enaltece os cidadãos moçambicanos por exercerem pacificamente o seu direito de voto nas sétimas eleições gerais multipartidárias de Moçambique”, lê-se numa mensagem publicada na conta oficial daquela representação diplomática na rede social Facebook.
“Por isso, eles merecem da CNE/STAE [Comissão Nacional de Eleições/Secretariado Técnico de Administração Eleitoral] um apuramento de resultados credível e transparente que respeite com precisão os seus direitos constitucionais de escolher os seus líderes”, acrescenta-se na mensagem.
As eleições gerais de 09 de outubro incluíram as sétimas presidenciais – às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos – em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
A CNE tem 15 dias, após o fecho das urnas, para anunciar os resultados oficiais das eleições, data que se cumpre em 24 de outubro, cabendo depois ao Conselho Constitucional a proclamação dos resultados, depois de concluída a análise, também, de eventuais recursos, mas sem um prazo definido para esse efeito.
As comissões distritais e provinciais de eleições já concluíram o apuramento da votação das eleições gerais de 09 de outubro, que segundo os anúncios públicos dão vantagem à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder) e ao candidato presidencial que o partido apoia, Daniel Chapo, com mais de 60% dos votos, embora o candidato presidencial Venâncio Mondlane conteste esses resultados, alegando com os dados das atas e editais originais da votação, que recolhe em todo o país.
Venâncio Mondlane garantiu na quinta-feira, na Beira, centro de Moçambique, que após o anúncio dos resultados das eleições gerais vai recorrer ao Conselho Constitucional, com as atas e editais originais da votação.
“Neste momento estamos a fazer, a nível nacional, a agregação dos editais originais. Estamos a tirar cópias, estamos a fazer o ‘scan’, para termos o registo também digital de todo o material e estamos enviando pouco a pouco para Maputo, para ver se depois do anúncio dos resultados nacionais pela CNE a gente tenha condições para rapidamente apresentar o recurso ao Conselho Constitucional”, afirmou, em declarações aos jornalistas.
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By Impala News / Lusa
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