Facebook apaga dezenas de milhares de contas de notícias falsas no Reino Unido

Os responsáveis da rede social Facebook apagaram dezenas de milhares de contas de utilizadores no Reino Unido antes das eleições legislativas britânicas de 08 de junho, no âmbito de uma campanha contra as notícias falsas divulgadas online.

Facebook apaga dezenas de milhares de contas de notícias falsas no Reino Unido

Os responsáveis da rede social Facebook apagaram dezenas de milhares de contas de utilizadores no Reino Unido antes das eleições legislativas britânicas de 08 de junho, no âmbito de uma campanha contra as notícias falsas divulgadas online.

O gigante tecnológico norte-americano também publicou na imprensa tradicional britânica um anúncio no qual dá conselhos sobre como detetar estas notícias falsas [fake news]. O anúncio aconselha os leitores a serem “céticos quanto aos títulos” das notícias e pede-lhes para “observarem com atenção o URL” [a morada digital onde está alojada a página de Internet].

Os anúncios começaram a sair em jornais tradicionais de papel como o The Times, o The Guardian e o Daily Telegraph. Os conselhos do Facebook para ajudar os leitores a detetar as notícias falsas incluem: “seja cético quanto aos títulos”, “olhe com atenção para a URL [morada da página], “investigue a fonte”, “tenha atenção a uma formatação incomum [das páginas web]”, “leve em consideração as fotos”, “confirme a data”, “leia outros testemunhos”, “Esta peça é uma piada [ou uma sátira]?”. A companhia também afirmou que tem vindo a fazer progressos no sentido de detetar com mais eficácia as contas de Facebook que divulgam notícias falsas.

Um dos diretores do Facebook para o Reino Unido, Simon Milner, disse à agência AP que a plataforma quer ir “à raiz do problema” e que está a trabalhar com organizações externas – a Full Fact e a First Draft – para verificar factos e analisar conteúdos relacionados com as legislativas britânicas de 08 de junho.

“O Facebook está a fazer tudo ao seu alcance para lidar com o problema das notícias falsas”, disse Milner.

Analistas do fenómeno político e mediático atribuem às notícias falsas alguma influência nos resultados do referendo britânico sobre a saída da UE (Brexit) e nas eleições presidenciais norte-americanas. A companhia norte-americana vai começar a descer no ranking de popularidade [que por sua vez determina a sua disseminação] as peças que as pessoas tendem a ler, mas que não partilham.

 

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