Filipinas e Vietname efetuam primeiro exercício conjunto no Mar do Sul da China
A guarda-costeira das Filipinas e do Vietname realizaram hoje exercícios conjuntos ao largo de Manila, uma iniciativa inédita entre os dois países que mantêm disputas territoriais com Pequim no Mar do Sul da China.
A China reivindica o controlo da maioria desta estratégica via marítima, apesar de um tribunal internacional ter considerado que não assenta em qualquer base jurídica.
Por sua vez, as Filipinas, o Vietname e alguns outros países reivindicam diversas ilhas, ilhéus, recifes e baixios.
O navio de patrulha filipino “Gabriela Silang” (83 metros) e o navio vietnamita “CSB 8002” (91 metros) efetuaram manobras em torno de um segundo navio filipino, no decurso da simulação de salvamento de um navio com um incêndio a bordo.
“É uma boa coisa que sigamos numa direção, numa abordagem assente nas regras das Filipinas”, declarou aos jornalistas Lawrence Roque, capitão do “Gabriela Silang”, afirmando esperar que estes exercícios se repitam no futuro.
“É importante porque demonstra que dois países com problemas relacionados com o mar das Filipinas ocidentais possam chegar a acordo”, declarou, na segunda-feira, Armando Balilo, porta-voz da guarda costeira filipina, a propósito destas manobras inéditas.
Estes exercícios incluem operações de busca e salvamento no mar, e ainda a prevenção de incêndios e de explosões, segundo a mesma fonte.
Navios chineses e filipinos já se defrontaram neste mar que faz fronteira com o Oceano Pacífico, por onde passam anualmente milhares de milhões de dólares em trocas comerciais.
O aumento das tensões tem reforçado os receios de um conflito que poderia envolver os Estados Unidos, aliados de Manila.
No decurso de uma visita do Presidente filipino, Ferdinand Marcos, ao Vietname em janeiro, os dois países concordaram em reforçar a sua cooperação no Mar do Sul da China e em “resolver pacificamente os incidentes no mar”.
Na semana passada, o Ministério da Defesa vietnamita indicou que a escala do seu navio em Manila detinha “um profundo significado político”.
PCR // SCA
By Impala News / Lusa
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