Governo libanês considera que morte de três jornalistas é crime de guerra
O ministro da Informação libanês acusou hoje Israel de ter visado deliberadamente a imprensa no ataque no sul do país que matou três jornalistas, denunciando o agressão como um “crime de guerra”.
“O inimigo israelita esperou que os jornalistas fizessem uma pausa durante a noite para os apanhar a dormir (…). Isto foi um assassínio, após vigilância e rastreio, porque estavam lá 18 jornalistas representando sete instituições de comunicação social. Isto é um crime de guerra”, declarou Ziad Makari numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).
Esta madrugada, um ataque do exército de Israel causou a morte de três jornalistas no sudeste do Líbano, anunciou a agência de notícias oficial libanesa ANI.
A imprensa local indicou que o ataque atingiu um hotel em Hasbaya, com perto de cinco mil habitantes situada a cerca de 50 quilómetros a sul da capital do Líbano, Beirute.
Israel iniciou, a 23 de setembro, uma intensa campanha de ataques aéreos contra os bastiões do movimento xiita libanês Hezbollah e, logo a seguir, uma ofensiva terrestre no sul do Líbano.
Em um ano de conflito entre Israel e o Hezbollah, mais de 2.570 pessoas morreram e pelo menos 12 mil ficaram feridas, a grande maioria nas últimas cinco semanas, indicou a última contagem das autoridades de saúde libanesas.
A ofensiva israelita deixou ainda mais de 1,2 milhões de deslocados, disseram as autoridades de Beirute, e cerca de 334.800 cidadãos sírios e outros 150.100 libaneses fugiram da violência no Líbano para a Síria.
Israel alega querer afastar o Hezbollah da fronteira e pôr fim aos ataques com foguetes, para permitir o regresso de cerca de 60 mil habitantes deslocados do norte do território.
EJ (VQ) // SB
By Impala News / Lusa
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