Governo preocupado com decisão do Kremlin de alargar possibilidade de uso de armas nucleares

O secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional admitiu hoje preocupação com a decisão do Presidente russo de alargar as possibilidades de utilização de armamento nuclear, em resposta ao uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia.

Governo preocupado com decisão do Kremlin de alargar possibilidade de uso de armas nucleares

Questionado sobre a decisão anunciada pelo Kremlin, Álvaro Castelo Branco reconheceu que, “neste momento, qualquer declaração preocupa”.

“Estamos preocupados, neste momento, com todas as atitudes de Vladimir Putin […], tem demonstrado que não está interessado em negociar a paz”, disse o secretário de Estado, no âmbito de uma reunião ministerial em Bruxelas.

O secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional afirmou que Portugal mantém a meta de investir 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa até 2029.

O Governo anterior tinha estabelecido essa meta para o ano de 2030, mas o executivo que entrou em funções este ano antecipou-a em um ano.

O Presidente russo assinou hoje um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armamento nuclear.

A decisão surgiu na sequência de uma autorização dada pelos Estados Unidos da América à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance para atacar o território russo.

A assinatura do decreto coincide com o milionésimo dia da invasão ao território ucraniano.

Intitulado de “documento de planeamento estratégico”, o decreto inclui uma “posição oficial sobre a dissuasão nuclear”, estabelecendo critérios para a utilização dessa mesma “dissuasão nuclear” em resposta a “uma agressão” de “um potencial inimigo”, que contra a Rússia, quer contra os “seus aliados”.

AFE // JPS

By Impala News / Lusa

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