Justiça britânica remete para Governo extradição de Julian Assange para EUA
A justiça britânica autorizou formalmente a extradição para os Estados Unidos de Julian Assange, fundador do portal WikiLeaks, onde será julgado por espionagem. Será porém o Governo britânico a ter a última palavra.
A ministra do Interior, Priti Patel, tem agora de decidir se confirma ou rejeita a extradição de Julian Assange. De acordo com a lei, a ministra só pode exercer a prerrogativa de proibir a extradição em casos específicos abrangidos pela Lei de Extradição de 2003 e sempre de acordo com os acordos com o país requerente, neste caso os EUA.
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Caso seja autorizado pelo Tribunal Superior, a Justiça norte-americana ou Assange poderão ainda recorrer da decisão de Patel. A ordem de hoje do juiz Paul Goldspring, do Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, ocorre depois de o Supremo Tribunal, a última instância, ter recusado no mês passado permissão ao recurso de Assange contra a decisão de um tribunal inferior a favor da extradição.
Assange esteve presente no tribunal hoje por videoconferência da Prisão de Alta Segurança de Belmarsh (Londres) e permanecerá em prisão preventiva. O australiano de 50 anos é acusado pela justiça norte-americana da divulgação, a partir de 2010, de mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas do país, em particular no Iraque e no Afeganistão. Processado em particular ao abrigo da legislação contra a espionagem, Julian Assange enfrenta 175 anos de prisão, num caso denunciado por organizações de direitos humanos como um grave atentado à liberdade de imprensa.
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