Mais de 46 mil empresas pedem prolongamento do ‘lay-off’

O ministro da Economia afirmou hoje que mais de 46 mil empresas, abrangendo 353 mil trabalhadores, pediram a prorrogação do ‘lay-off’.

Mais de 46 mil empresas pedem prolongamento do 'lay-off'

O Governo está a trabalhar numa nova versão de ‘lay-off’ menos penalizadora do rendimento dos trabalhadores. “Nesta fase de transição, o apoio ao emprego vai ser mesmo um apoio ao emprego. Obviamente que tem de ter também uma outra atenção ao nível dos rendimentos dos trabalhadores”, diz o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

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Afirmando que “durante este período crítico do ‘lay-off'” foram seguidas “as regras do Código do Trabalho” (recebendo os trabalhadores dois terços do salário ilíquido), o governante considerou que, “nos próximos meses, o nível de retribuição atribuído aos trabalhadores não pode assentar num corte tão significativo dos seus rendimentos”.

“O sucessor do ‘lay off’ não pode assentar nos cortes no rendimento dos trabalhadores que tem neste momento, temos de evoluir. Vamos continuar a apoiar as empresas, mas não com o nível de corte dos salários que tem vindo a haver”, sustentou Pedro Siza Vieira.

Apoios chegaram a 100 mil entidades

Os números avançados hoje no parlamento pelo ministro da Economia referem que os apoios no contexto do ‘lay-off’ simplificado “chegaram inicialmente a cerca de 100 mil entidades empregadoras e 780 mil empregados, com um total de 321 milhões de euros de pagamentos”.

Já as prorrogações de ‘lay-off’, entretanto, diferidas ascendem a 46.448, abrangendo 353 mil trabalhadores e um valor pago de 130 milhões de euros, num “esforço” que o governante considera que “ajudou efetivamente a proteger o emprego”.

Embora admitindo não ter sido possível, conforme pretendido pelo Governo, pagar até final de abril todos os pedidos iniciais de ‘lay-off’, Siza Vieira garantiu que, “neste momento, todos os pedidos iniciais de ‘lay-off’ em condições de serem aprovados foram satisfeitos”.

“Já não recebo de empresários aqueles sinais de angústia”

E se 77% pedidos iniciais de ‘lay-off’ foram apresentados na modalidade de suspensão do contrato de trabalho, o ministro considera que, neste momento, o que é preciso é “ajudar as empresas numa retoma de atividade em que não têm procura e encomendas para a totalidade da capacidade produtiva que têm”.

“Se calhar, o que precisamos é de assegurar um apoio aos salários, mais do que manter as pessoas em casa sem fazer nada. Essa é a filosofia geral da sequência ao regime de ‘lay-off’ simplificado que aprovámos e cujos detalhes serão conhecidos após a próxima reunião do conselho de ministros”, disse.

Salientando os “muitos significativos” recursos injetados pelo Estado na economia do ponto de vista social, o ministro avançou que, “entre a capacidade de fazer funcionar normalmente o subsídio de desemprego, a redução dos períodos de garantia do subsídio social de desemprego e todas as prorrogações automáticas do subsídio de desemprego e do subsídio social de desemprego, os montantes processados neste momento são já de 62 mil milhões de euros”, tendo “perto de 70 mil pessoas” já beneficiado destes apoios.

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