Mais de 900 mil participam em exercícios de soberania e defesa na Venezuela
Mais de 900 mil militares e civis participam, este fim de semana, numa série de exercícios militares ordenados pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, centrados na simulação de uma eventual intervenção militar norte-americana.
Mais de 900 mil militares e civis participam, este fim de semana, numa série de exercícios militares ordenados pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, centrados na simulação de uma eventual intervenção militar norte-americana.
Denominados “Exercícios Militares de Soberania 2017”, a ação conta com a participação de oficiais das Forças Armadas Venezuelanas (FAV), membros da Milícia Bolivariana e populares, segundo anunciou hoje o chefe do Estado Maior Conjunto do Comando Estratégico Operacional das FAV, Remígio Ceballos.
Os exercícios militares, disse, têm como principal objetivo “preparar o povo para fazer parte de todo o sistema defensivo” da Venezuela, no que definiu como uma estratégia de guerra de resistência para a defesa integral do país.
“Se formos agredidos como nação, devemos executar operações ofensivas para recuperar o território. Defender a pátria é o dever de todos os venezuelanos”, frisou.
Remígio Ceballos falava numa conferência de imprensa no Batalhão Simón Bolívar do Forte de Tiúna – a principal base militar de Caracas -, onde foi exibido diverso tipo de armamento e tanques militares, que, segundo diversas fontes, já estão distribuídos por várias regiões do país, entre elas no Estado venezuelano de Zúlia, nas proximidades da fronteira com a Colômbia.
Por outro lado, Ceballos precisou que muitas pessoas responderam ao apelo feito a 14 de agosto passado pelo Presidente Nicolás Maduro, inscrevendo-se voluntariamente na milícia, para participar nos exercícios militares, prevendo que o número de combatentes aumente ainda das próximas horas.
Segundo Remígio Ceballos, hoje, terão lugar as convocatórias e o registo das atividades de formação, e no domingo “ações táticas” militares, “exercícios de forças de ação especial” de “uso de todos os meios” para defesa da soberania.
“Temos avançado na construção da consciência de pátria, temos construído (nas FAV) uma alta moral para o combate e uma vontade de vencer. Nunca antes as FAV estiveram tão unidas, tão coesas”, garantiu.
Os exercícios, dirigidos por oficiais das FAV, com a participação de alguns civis e pilotos do Grupo 12 da Força Aérea Venezuelana, vão realizar-se nos 24 Estados da Venezuela.
Fontes militares dão conta que no Distrito Capital (Caracas e os vizinhos Estados de Vargas e Miranda) mais de 10.000 militares e 100.000 civis, vão participar nos exercícios que vão realizar-se também em Zúlia (oeste), perto da fronteira com a Colômbia.
Nos exercícios participará ainda a Milícia Nacional Bolivariana, o movimento (civil) Somos Venezuela e as Unidades de Batalha Hugo Chávez, do Partido Socialista Unido da Venezuela, o partido do Governo.
Na semana passada o Presidente Nicolás Maduro apelou às Forças Armadas Venezuelanas que realizassem “um exercício nacional cívico-militar de defesa integral e armada da pátria”, em todo o território nacional, durante um ato em que condenou as recentes declarações do seu homólogo norte-americano, Donald Trump, de que considerava a possibilidade de uma ação militar para solucionar a crise na Venezuela.
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