Marcelo destaca “toque pessoal” de Gouveia e Melo na chefia da Armada e papel em diversas crises
O Presidente da República condecorou hoje o almirante Henrique Gouveia e Melo, destacando o seu “toque pessoal” na chefia da Armada e salientando “as circunstâncias” que marcaram o seu percurso, como o papel no combate à pandemia.
A cerimónia de condecoração decorreu na sala dos Embaixadores, no Palácio de Belém, em Lisboa, escassos momentos depois de o novo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Nobre de Sousa, ter tomado posse para suceder a Gouveia e Melo.
Antes de entregar a Gouveia e Melo as insígnias da Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que a atribuição desta condecoração “ultrapassa o mero proforma”.
“Trata-se a reconhecer o mérito no exercício de funções da parte do senhor almirante Henrique Gouveia e Melo, enquanto chefe de Estado-Maior da Armada. E essa prática, largamente tributária das experiências dos seus antecessores, mas com um toque pessoal muito específico, beneficiou da sua carreira, mas definiu-se de forma singular no exercício da função”, salientou o Presidente da República.
Marcelo enumerou “os contactos internacionais, que tinham percorrido várias fases da sua carreira e foram muito acentuados” na chefia da Armada, a cooperação com a academia e a indústria de Defesa ou a atenção dada à utilização de sistemas não tripulados (drones), numa tentativa de modernização do ramo.
“Mas para sermos justos, como dizia um clássico, todas as personalidades, todas as pessoas são elas próprias e a sua circunstância. E para se compreender o desempenho que foi o seu, tem de se compreender a circunstância”, ressalvou o chefe de Estado.
Entre as várias circunstâncias que marcaram o percurso de Gouveia e Melo, Marcelo Rebelo de Sousa começou por lembrar que o almirante fez carreira como submarinista e em vários momentos foi porta-voz da Armada e do Estado-Maior-General das Forças Armadas, “o que lhe permitiu um contacto privilegiado com a sociedade civil e uma compreensão do fenómeno mediático em transformação da sociedade portuguesa”.
Além disto, Marcelo destacou o papel que Gouveia e Melo teve em diversas crises nas quais as Forças Armadas foram chamadas a intervir, como os incêndios de 2017 ou a pandemia da covid-19, cuja equipa responsável pelo plano de vacinação foi coordenada pelo almirante.
“E é este somatório, como tudo na vida, depara com quem compreende melhor, compreende pior e se ajusta melhor ou pior àquilo que foi vivido, que está presente no momento da entrega das insígnias correspondentes à Grande Cruz da Ordem Militar de Cristo. É o somatório que acaba por se traduzir num exercício de funções que realmente foram importantes para a Armada, foram importantes para as Forças Armadas Portuguesas e foram importantes para Portugal”, rematou.
ARL // JPS
By Impala News / Lusa
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