Médio Oriente: Huthis reivindicam 182 ataques no Mar Vermelho desde novembro
O líder dos rebeldes Huthis do Iémen, Abdelmalek al-Huti, afirmou hoje que o movimento apoiado pelo Irão atacou 182 navios comerciais no Mar Vermelho desde novembro passado, após o início da guerra na Faixa de Gaza.
“O número de navios atacados pela sua ligação com o inimigo israelita e por violarem o bloqueio do inimigo israelita atingiu 182”, disse o líder rebelde no seu discurso semanal televisionado, no qual sublinhou que grande parte das companhias marítimas foi forçada a mudar as suas rotas para evitar ataques dos Huthis.
Neste sentido, indicou que os rebeldes lançaram 21 mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e ‘drones’ só na última semana, além de um veículo subaquático não tripulado, contra embarcações no Mar Vermelho, das quais uma ficou inutilizável após ser atingida por vários projéteis.
Al-Huti aludia ao “MV Sounion”, um cargueiro grego que sofreu um incêndio a bordo, ficou sem gestão e à deriva no Mar Vermelho após os ataques, agora reivindicados pelos rebeldes iemenitas.
A missão da União Europeia (UE) destacada no Mar Vermelho anunciou hoje que resgatou todos os tripulantes a bordo do “MV Sounion” e alertou que a embarcação representa agora um perigo ambiental e de saúde.
Por outro lado, al-Huti insistiu também que o seu movimento, o Irão e o grupo xiita libanês Hezbollah, cujo comandante foi abatido no final de julho em Beirute por Israel, têm de retaliar por este assassínio.
O Irão também prometeu vingança após o assassínio em Teerão do líder político do grupo islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, num outro ataque atribuído a Israel.
“O inimigo compreende a inevitabilidade da resposta e está muito assustado. O estado de medo atingiu um nível que está a afetar o inimigo israelita”, declarou o líder Huthi, que justificou que a retaliação está a ser adiada porque deve ser “dolorosa” para Israel.
Os Huthis desencadearam as suas ações hostis ao largo do Iémen após o ataque sem precedentes do Hamas em 07 de outubro no sul de Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de pessoas levadas como reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
HB // JH
By Impala News / Lusa
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