Metas do PRR para expansão do metro de Lisboa eram impossíveis de atingir

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial afirmou hoje que as metas para a execução da linha de metro entre Odivelas e Loures e da expansão da rede de metro de Lisboa “eram impossíveis de ser atingidas”.

Metas do PRR para expansão do metro de Lisboa eram impossíveis de atingir

O Governo enviou na quinta-feira o sexto pedido de pagamento no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência à Comissão Europeia, no valor de 1,67 mil milhões de euros.

O pedido de pagamento de Portugal diz respeito a 22 marcos e oito objetivos, tendo, entretanto o Governo anunciado que quatro marcos careciam de ajustamento no âmbito da reprogramação.

Entre eles, destaca-se o contrato relativo à construção de uma linha de metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures, bem como a expansão da rede de metro de Lisboa.

A estes somam-se as assinaturas do contrato para a aquisição de dois ‘ferries’ elétricos para o transporte de passageiros e veículos na Região Autónoma dos Açores, cujo concurso ficou deserto, e do contrato relativo ao navio de investigação multifuncional na Região Autónoma da Madeira.

À margem da apresentação dos primeiros resultados do projeto FAIST, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial explicou que as metas “eram impossíveis de ser atingidas”, sobretudo as relacionadas com o metro.

“É totalmente impossível e este Governo já não foi a tempo de conseguir executar dentro do prazo do PRR”, assinalou Manuel Castro Almeida.

O ministro assegurou, no entanto, que os projetos em causa vão ser executados “com fundos nacionais” e que os quatro marcos vão ser substituídos por outros projetos cuja concretização será possível “dentro do prazo”.

A Comissão Europeia avaliará agora o pedido e enviará depois ao Comité Económico e Financeiro do Conselho a sua avaliação preliminar do cumprimento por Portugal dos marcos e objetivos exigidos para este pagamento.

O pedido de pagamento de Portugal diz respeito a “reformas que reforçam as competências e a eficácia da administração pública, um novo plano de contabilidade de gestão para o Serviço Nacional de Saúde e um quadro jurídico revisto para a insolvência e a recuperação de empresas”.

O pedido de pagamento abrange igualmente investimentos importantes nos domínios dos serviços sociais, da mobilidade ‘limpa’ e da eficiência energética em edifícios residenciais.

Um aumento da produção de eletricidade renovável nas regiões autónomas e a digitalização do sistema escolar e do setor empresarial estão também incluídos nos investimentos, de acordo com o comunicado.

O Plano de Recuperação e Resiliência português será financiado num total de 22,22 mil milhões de euros de euros, dos quais 16,33 mil milhões de euros em subvenções e 5,89 mil milhões de euros em empréstimos.

SPC (IG/MPE) // MCL

By Impala News / Lusa

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