Milhares exigem nas ruas de Israel libertação de reféns do Hamas

Milhares de pessoas reuniram-se nas ruas das principais cidades de Israel, para exigir a libertação dos reféns raptados pelo movimento islamita palestiniano Hamas, antes do regresso às negociações para um cessar-fogo

Milhares exigem nas ruas de Israel libertação de reféns do Hamas

No maior dos protestos, em Telavive, os manifestantes defenderam que as oportunidades para “chegar a um acordo que salve vidas” estão a esgotar-se.

De acordo com declarações recolhidas pelo jornal ‘Haaretz’, os participantes alertaram que a “pressão militar sobre o Hamas”, longe de facilitar uma resolução do conflito, apenas “trará a morte de mais reféns”.

Outras cidades, como Jerusalém, Haifa e Beersheba, também testemunharam protestos.

Em Cesareia, os manifestantes chegaram às portas de uma das residências privadas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com exigências de um cessar-fogo imediato.

Negociadores dos EUA, Qatar e Egito exigiram na quinta-feira a Israel e ao Hamas que “retomem as negociações urgentes na quinta-feira, dia 15 de agosto, em Doha ou no Cairo, para encerrar o que falta e começar a aplicação do acordo sem mais demoras”.

A atual proposta baseia-se nos princípios descritos em maio por Joe Biden, que incluem uma primeira fase, de seis semanas, durante a qual haveria um cessar-fogo total, a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a troca de reféns israelitas por presos palestinianos nas cadeias israelitas.

Na sexta-feira, o ministro de extrema-direita israelita Bezalel Smotrich pediu a Netanyahu que recusasse a proposta por a considerar “um acordo de rendição”.

O Hamas lançou em 07 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A ofensiva israelita fez até ao momento 39.790 mortos e 92.002 feridos no enclave, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

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By Impala News / Lusa

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