Ministra reitera que aumento extra para pensionistas só “quando for seguro para o país”

A ministra do Trabalho reiterou hoje, no parlamento, que o Governo admite “avançar com um suplemento extraordinário” para os pensionistas, mas apenas “quando for seguro para o país” e avisa que “qualquer alteração desproporcional” tem riscos.

Ministra reitera que aumento extra para pensionistas só

“O Governo não prescinde da hipótese de aprovar medidas extra no exercício orçamental de 2025”, afirmou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, na audição no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), indicando, que, “nesse sentido preanunciou a possibilidade de avançar com um suplemento extraordinário das pensões”.

“A posição do Governo é muito clara”, sinalizou, reiterando que o executivo vai voltar a avançar com um aumento extra das pensões “se houver margem orçamental”.

Na audição, um deputado do PS desafiou o Governo a “usar margem disponível para evitar cheques ocasionais e optar pelo aumento estrutural das pensões”.

Alguns partidos já apresentaram propostas de alteração dirigidas aos pensionistas, nomeadamente o PCP que defende a atualização das pensões em 5%, em montante não inferior a 70 euros, o Bloco de Esquerda, que propõe que as pensões sejam aumentadas pelo menos em 50 euros no próximo ano e que todas as pensões sejam atualizadas pelo menos pelo valor da inflação ou o Chega, que defende uma atualização adicional das pensões em 1,5%.

A governante indicou ainda que o Governo já avançou com várias medidas dirigidas aos pensionistas, cujo montante global ascende a cerca de 469 milhões de euros, que incluem o aumento complemento solidário para idosos (CSI) e 14 milhões de euros na comparticipação de medicamentos dos idosos que recebem o CSI.

Maria do Rosário Palma Ramalho reitera que medidas extraordinárias “apenas devem ser tomadas quando for seguro para o país”, dado que “qualquer alteração desproporcional a um dos pilares” do orçamento do MTSSS vai “descompensar os demais pontos”.

“Os riscos de desequilíbrios já conhecemos no passado e queremos evitar”, vincou.

E avisa que qualquer “alteração de fundo” afetará “o equilíbrio entre a ação social e as boas contas e impactará significativamente o Orçamento no seu todo”.

Segundo a ministra, este é um orçamento que, “por um lado, reforça a ação social, com a promoção e criação de riqueza” e por outro, aposta “na sustentabilidade e na prudência”.

“É necessário proteger as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, mas temos que o fazer com mais eficácia”, isto é, “valorizando os salários dos portugueses” e “não apenas o salário mínimo e promovendo o crescimento das empresas”, rematou.

JMF // EA

By Impala News / Lusa

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