Novo balanço aponta para 15 mortos em confrontos com separatistas no Paquistão

Confrontos com um grupo separatista causaram 15 mortos, incluindo quatro membros das forças de segurança e dois civis, na província do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, de acordo com um novo balanço divulgado pelo exército

Novo balanço aponta para 15 mortos em confrontos com separatistas no Paquistão

O ministro interino da Informação do Baluchistão, Jan Achakzai, tinha inicialmente dito à agência de notícias France-Presse na terça-feira que seis rebeldes morreram nos combates, que ocorreram de madrugada, na cidade de Mach.

O exército esclareceu nesse dia à noite que “nove terroristas, incluindo três homens-bomba”, foram mortos.

“Quatro valentes membros das forças de segurança” e “dois civis inocentes” também perderam a vida, acrescentou o Serviço de Comunicações do Exército do Paquistão, num comunicado.

O principal grupo separatista da região, o Exército de Libertação Baluch (BLA), assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Achakzai explicou que as forças de segurança repeliram “ataques coordenados” visando pelo menos três instalações governamentais, incluindo uma base de tropas paramilitares e uma esquadra da polícia.

Também na terça-feira, pelo menos quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas num atentado bombista num comício do partido Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI) do antigo primeiro-ministro Imran Khan, na cidade de Sibi, no Baluchistão.

Isto no mesmo dia em que Khan e um deputado do mesmo partido foram condenados a dez anos de prisão por um tribunal paquistanês que os considerou culpados de revelar segredos oficiais.

Khan, que foi destituído pelo parlamento em abril de 2022, está atualmente a cumprir uma pena de três anos de cadeia respeitante a um caso de corrupção.

O Baluchistão, uma província grande, pobre e escassamente povoada, é há muito tempo palco de violência étnica, sectária e separatista.

A região é rica em hidrocarbonetos e minerais, mas a população queixa-se de ser marginalizada e de não poder beneficiar dos seus recursos naturais.

De acordo com organizações de direitos humanos, a repressão militar levou a vários desaparecimentos e execuções extrajudiciais.

As tensões no Baluchistão aumentaram a 17 de janeiro, quando o Irão lançou ataques aéreos contra a província, visando o que Teerão disse serem esconderijos do grupo armado sunita anti-iraniano Jaish al-Adl (Exército da Justiça), causando a morte de duas crianças.

Em resposta, o Paquistão lançou ataques aéreos contra os alegados esconderijos do grupo armado no interior do Irão, na província de Sistan, matando pelo menos nove pessoas.

VQ (JSD/PSP) // CAD

By Impala News / Lusa

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