As Nações Unidas garantiram hoje que todas as missões de manutenção de paz da ONU serão inteiramente financiadas, apesar do importante corte orçamental conhecido há já vários meses.

A garantia foi dada pelo presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, o diplomata eslovaco Miroslav Lajcak, numa conferência de imprensa em Genebra, em que assegurou não haver qualquer razão para que as missões da ONU sejam insuficientemente financiadas.

Sob pressão dos Estados Unidos, os países membros da ONU aceitaram em junho passado a redução em 600 milhões de dólares (cerca de 509 milhões de euros) do montante do orçamento para as missões de manutenção de paz da organização, que era de 7.870 milhões de dólares (6.703 milhões de euros).

Num relatório remetido na semana passada ao Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu para os perigos de novos cortes orçamentais à presença dos “capacetes azuis” na República Democrática do Congo (RDCongo), a Monusco, a mais importante e mais cara das missões das Nações Unidas.

Segundo Guterres, eventuais reduções orçamentais à Monusco, que conta com cerca de 18 mil soldados na RDCongo, só levarão à ruína do país.

Hoje, em Genebra, Lajcak, que preside à 72.ª Assembleia Geral da ONU desde setembro, procurou minimizar as inquietações.

“Seremos capazes de cumprir a nossa missão com os cortes anunciados. As missões são importantes e há Estados membros que já anunciaram a intenção de cobrir as verbas que poderão ser necessárias”, afirmou o diplomata eslovaco.

Os Estados Unidos pretendem reduzir em cerca de mil milhões de dólares (851 milhões de euros) o orçamento das missões de manutenção de paz da ONU, em conformidade com as promessas do presidente norte-americano, Donald Trump, de “combater o esbanjamento” das finanças da ONU.

 

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