PGR do Brasil pede prisão para dono da JBS e ex-procurador
O procurador-geral do Brasil, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal a prisão preventiva do empresário Joesley Batista, um dos donos da multinacional JBS, e do ex-procurador Marcelo Miller, entre outros, segundo a imprensa local.
O procurador-geral do Brasil, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal a prisão preventiva do empresário Joesley Batista, um dos donos da multinacional JBS, e do ex-procurador Marcelo Miller, entre outros, segundo a imprensa local.
O documento com o pedido de Janot está sob sigilo e a decisão depende do juiz Luiz Edson Fachin, responsável pelo caso no Supremo Tribunal, segundo os principais ‘media’ brasileiros, incluindo a Folha de São Paulo.
O pedido do procurador-geral abrange também Ricardo Saud, executivo da JBS, que, juntamente com outros dirigentes da empresa, acusou o Presidente Michel Temer de corrupção, no âmbito de um acordo de cooperação judicial.
O motivo é uma gravação áudio com quatro horas de duração em que Batista e Saud revelam ter “omitido” informação nos seus testemunhos à Justiça, o que obrigou Janot a abrir uma investigação que pode revogar a imunidade que os dois obtiveram quando confessaram atos ilícitos.
No áudio são também feitas “referências indevidas” a juízes do Supremo e à Procuradoria
Essas referências envolvem Marcelo Miller, antigo colaborador de Janot, que deixou a Procuradoria no final do ano passado para trabalhar num escritório de advocacia que acabou por ser contratado pela empresa JBS para negociar o acordo de colaboração da empresa com a Justiça. No áudio é sugerido que Miller foi “captado” pelos empresários para facilitar o acordo que os livrou da prisão.
Os executivos da JBS declararam às autoridades que subornaram o Presidente do Brasil, Michel Temer, desde 2010 e apresentaram uma gravação comprometedora em que o atual chefe de Estado ouve e parece consentir em silêncio os alegados crimes.
Com base nestes testemunhos, a Procuradoria-geral apresentou uma denúncia contra o Presidente a 26 de junho por corrupção passiva, que foi arquivada em agosto pela câmara baixa, o que impediu a abertura de um processo penal contra o governante.
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