Presidente da CNE moçambicana exorta partidos políticos a empenharem-se por eleições transparentes
O presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique, Abdul Carimo, exortou os partidos políticos moçambicanos a empenharem-se por eleições transparentes, assinalando que toda a sociedade tem a responsabilidade de assegurar escrutínios livres e justos.
O presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique (CNE), Abdul Carimo, exortou hoje os partidos políticos moçambicanos a empenharem-se por eleições transparentes, assinalando que toda a sociedade tem a responsabilidade de assegurar escrutínios livres e justos.
“É responsabilidade de todos garantir eleições harmoniosas”, afirmou Abdul Carimo, falando num encontro com partidos políticos moçambicanos, no âmbito da preparação das eleições autárquicas de 2018 e gerais de 2019.
As formações políticas, prosseguiu, devem agir no sentido de evitar conflitos antes, durante e depois das eleições, para que o país viva em estabilidade.
Intervindo no encontro, José de Sousa, deputado do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), exigiu a responsabilidade dos autores da violação da legislação eleitoral, assinalando que os litígios eleitorais que ocorrem no país têm causa humana e que não se devem a lacunas na lei.
“Sabemos qual é o mal, se não atacamos, é porque há falta de vontade política, há pessoas que são preparadas para criar problemas nos processos eleitorais”, acrescentou José de Sousa.
Por seu turno, Miguel Mabote, presidente do Partido Trabalhista, formação extraparlamentar, considerou que os órgãos eleitorais moçambicanos não agem com independência porque têm na sua composição representantes de partidos políticos com assento no parlamento.
“Os membros da Comissão Nacional de Eleições vêm dos partidos políticos, os partidos políticos são parte interessada do processo, pelo que não é fácil arbitrar e julgar ao mesmo tempo”, acrescentou Miguel Mabote.
Os processos eleitorais em Moçambique são uma importante fonte de conflitos, opondo, principalmente, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
A Renamo nunca reconheceu os resultados das eleições no país, desde a realização do primeiro escrutínio num quadro multipartidário, em 1994. O país vai realizar em 2018 as quintas eleições autárquicas e em 2019 as sextas eleições gerais (presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais)
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