Procuradores brasileiros reabrem investigação a Lula da Silva e Portugal Telecom
A Procuradoria-Geral da República e a polícia federal do Brasil reabriram uma investigação sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por factos relacionados com o pagamento de um suborno supostamente feito pela Portugal Telecom em 2005.
A Procuradoria-Geral da República e a polícia federal do Brasil reabriram uma investigação sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por factos relacionados com o pagamento de um suborno supostamente feito pela Portugal Telecom em 2005.
A investigação baseia-se em denúncias do publicitário Marcos Valério, um dos envolvidos no escândalo do mensalão (caso de corrupção que revelou um esquema de compra de apoio parlamentar no Congresso brasileiro) no primeiro mandato de Lula da Silva como Presidente.
Tentado negociar um acordo com a Justiça para atenuar uma condenação, Marcos Valério contou, em 2012, que presenciou uma negociação ocorrida em 2005 entre o ex-presidente Lula da Silva e Miguel Horta Costa, presidente da Portugal Telecom na época em que isso acontece, e na qual eles acertaram o pagamento de um suborno para o Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo Marcos Valério, o montante acertado foi de 7 milhões de dólares (5,9 milhões de euros) e o dinheiro teria sido transferido para o PT por uma fornecedora da Portugal Telecom em Macau através de contas fora do Brasil.
Uma investigação sobre o caso foi aberta em 2013, no entanto, acabou por ser arquivada em 2015 a pedido da própria Procuradoria da República brasileira, porque entendeu que não era possível comprovar a transferência do dinheiro.
A Justiça Federal em Brasília discordou do arquivamento e o caso foi remetido à Câmara de Combate à Corrupção da Procuradoria-Geral da República.
Agora, este órgão decidiu enviar as informações de volta para a Procuradoria do Distrito Federal para que as investigações sejam reabertas.
Num comunicado, a assessoria de comunicação do ex-presidente brasileiro informou que “as acusações de Marcos Valério foram feitas em 2012 e investigadas por 3 anos. Ambos os Ministérios Públicos, de Portugal e do Brasil, pediram o arquivamento delas por total falta de provas. Não há nada, portanto, que justifique a reabertura dessa investigação agora.”
Siga a Impala no Instagram