PS acusa CDS de retirar dividendos políticos da tragédia de Pedrógão Grande
O PS acusou o CDS de retirar dividendos políticos a todo o custo da tragédia ocorrida em junho em Pedrógão Grande, quando os incêndios naquela zona centro do país provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos.
O PS acusou hoje o CDS de retirar dividendos políticos a todo o custo da tragédia ocorrida em junho em Pedrógão Grande, quando os incêndios naquela zona centro do país provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos.
“Parece-me que o CDS procura a todo e qualquer custo retirar dividendos políticos do que sucedeu há um mês”, afirmou aos jornalistas o deputado socialista Pedro Delgado Alves, no parlamento, minutos após uma conferência de imprensa do CDS na qual o líder parlamentar centrista disse que a ministra da Administração Interna não tem condições para se manter no cargo.
Em defesa do Governo e da ministra Constança Urbano de Sousa, o deputado socialista disse que na apresentação dos relatórios ao sucedido nos incêndios, na quarta-feira, a ministra, “longe de fazer acusações como o líder parlamentar do CDS referia, longe de um passa culpas, o que fez foi o que se esperava, foi a prestação de contas e a apresentação detalhada dos factos que até este momento estão apurados e, mais importante, a adoção de medidas que visam corrigir coisas identificadas como imperfeitas e que podem ser corrigidas no futuro”.
Concretamente, Pedro Delgado Alves falou do reforço da plataforma de comunicações, da formação dos agentes no terreno, da adoção de medidas que reforcem a fiscalização do funcionamento dos sistemas de comunicações.
Constança Urbano de Sousa admitiu, contudo, que houve descoordenação no posto de comando da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) no incêndio de Pedrógão Grande e que o local onde foi instalado não foi o ideal.
A ministra concluiu, tendo por base relatórios e inquéritos de diversas entidades, que se verificou uma “descoordenação no posto de comando da ANPC” do teatro de operações, “em especial com os outros agentes de proteção civil”.
O PS sublinhou ainda que há uma contradição na posição do CDS quando acusa a ministra de fazer acusações aos serviços que tutela.
Por um lado, “o CDS está sempre a sublinhar que é necessário fazer o apuramento” e quando ele ocorre “vem queixar-se”, notou Pedro Delgado Alves.
“Há uma contradição insanável na ânsia absoluta em criticar o Governo. Mais do que resolver os problemas operacionais detetados, mais do que melhorar as comunicações e a capacidade operacional, o CDS está mais preocupado em marcar pontos” através de uma política mais mediática, considerou o deputado socialista.
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