Restauração reclama taxa única de IVA de 6% para reanimar mercado “anémico”

A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo defendeu taxa única de IVA de 6% para a alimentação como “a medida mais eficaz” para reanimar um mercado “anémico”.

Restauração reclama taxa única de IVA de 6% para reanimar mercado

A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) defendeu hoje uma taxa única de IVA de 6% para a alimentação como “a medida mais eficaz” para reanimar um mercado “anémico” e com “fraca procura” devido à pandemia.

“Mediante um primeiro balanço da reabertura do setor da restauração, que revela um mercado ‘anémico’ e uma procura mais fraca do que seria expectável, a associação considera que esta seria uma medida decisiva para estimular o mercado, de forma imediata, e para ajudar a restabelecer a tesouraria destes estabelecimentos”, sustenta a APHORT em comunicado.

Considerando que “o IVA neste contexto deve ser neutral”, a associação defende que a redução da taxa “deverá ser encarada como uma medida natural” e “incidir exclusivamente sobre os alimentos, não devendo ser aplicada às bebidas”.

“Perante a situação frágil em que o setor da restauração se encontra, agravada, entre outros aspetos, pelos receios da população em frequentar espaços fechados e pela inexiste^ncia de turistas, a APHORT pede uma intervenc¸a~o imediata do Governo na aprovac¸a~o de medidas que estimulem a reconstruc¸a~o do mercado e que ajudem a restituir a confianc¸a aos consumidores e a`s empresas, tendo ja´ apresentado um conjunto de propostas nesse sentido”, sustenta.

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Citado no comunicado, o presidente da associação, Rodrigo Pinto Barros, considera que a pandemia “veio demonstrar que a cozinha dos restaurantes e´ tambe´m a cozinha da casa dos portugueses”, já que “foram muitas as pessoas que em casa, confinadas ou em teletrabalho, decidiram recorrer aos restaurantes para fazer as suas refeic¸o~es, dando inclusivamente um forte sinal para que estes estabelecimentos passassem a encarar o ‘take-away’ como uma nova a´rea de nego´cio”.

“Agora, com o regresso gradual ao trabalho, sa~o va´rios os clientes que continuam a optar por esse servic¸o mas, ainda assim, a procura e´ insuficiente para a oferta existente. Se os portugueses va~o aos mercados e grandes superfícies e compram produtos alimentares para cozinhar em casa a uma determinada taxa, por que raza~o e´ que te^m de pagar uma taxa mais elevada se esses produtos forem cozinhados numa outra cozinha”, questiona.

Recordando que ao longo das u´ltimas semanas tem desenvolvido junto dos seus associados “um intenso programa de preparac¸a~o para o regresso ao trabalho, incentivando os restaurantes a voltar a abrir portas com responsabilidade e com confianc¸a”, a APHORT diz que “os empresa´rios ja´ esta~o a fazer a sua parte, revelando flexibilidade e uma grande capacidade de resposta para reposicionar o seu nego´cio de acordo com as necessidades e os sinais que o mercado tem demonstrado”.

Portugal contabiliza 1.369 mortos associados à covid-19 em 31.596 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1%) e mais 304 casos de infeção (+1%).

O número de pessoas hospitalizadas subiu de 510 para 512, das quais 65 se encontram em unidades de cuidados intensivos (menos uma).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China e, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

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