Supremo Tribunal da Venezuela ordena fim da imunidade de vice-presidente do parlamento
O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ordenou o fim da imunidade do deputado da oposição e vice-presidente do parlamento Freddy Guevara, proibindo-o ainda de sair do país.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela ordenou o fim da imunidade do deputado da oposição e vice-presidente do parlamento Freddy Guevara, proibindo-o ainda de sair do país.
A decisão do STJ foi anunciada pelo vice-Presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, durante a inauguração da Academia Militar de Medicina Ezequiel Zamora, no Forte de Tiúna, a principal base das forças armadas de Caracas.
“Acabamos de receber esta informação oficial, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu remeter à Assembleia Constituinte o pedido de levantamento da imunidade do cidadão Freddy Guevara e a proibição da saída do país, por ter cometido vários delitos em flagrante”, afirmou.
Freddy Guevara é atualmente vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, parlamento onde a oposição detém a maioria e é coordenador do partido Vontade Popular.
Em abril de 2017 foi um dos principais rostos que convocaram as manifestações de rua contra o regime do Presidente Nicolás Maduro, que se prolongaram por quatro meses e durante as quais pelo menos 120 pessoas foram mortas, algumas por elementos das forças de segurança.
Há uma semana o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, anunciou que as autoridades iriam levar a julgamento as pessoas que tivessem apelado à violência no país e à recusa em reconhecer o Conselho Nacional Eleitoral.
Por outro lado, em declarações à televisão estatal venezuelana, Nicolás Maduro pediu ao Ministério Público que acusasse de “traição à pátria”, o presidente do parlamento, Júlio Borges, do partido Primeiro Justiça, que acusou de andar a promover internacionalmente as sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Venezuela.
A imprensa venezuelana dá conta de que o parlamento teria alertado, quinta-feira, os diplomatas acreditados no país, sobre o levantamento da imunidade parlamentar de Freddy Guevara e posterior detenção, que ainda não aconteceu.
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