Tancos/Armas: “Acontecimentos são negativos e não deviam ter acontecido”
O general Pinto Ramalho, antigo Chefe do Estado-Maior do Exército, considerou que o furto de armas em Tancos não devia ter acontecido, mas acredita que os portugueses não confundem este episódio com a utilidade da instituição militar.
O general Pinto Ramalho, antigo Chefe do Estado-Maior do Exército, considerou hoje que o furto de armas em Tancos não devia ter acontecido, mas acredita que os portugueses não confundem este episódio com a utilidade da instituição militar.
“Os acontecimentos que ocorreram [em Tancos] são realmente negativos, por aquilo que é conhecido, e não deviam ter acontecido. Mas não são mais do que isso. A instituição militar não é isso. E não se pode crucificar uma instituição por um erro ou por um aspeto negativo que ocorreu”, afirmou aos jornalistas o militar, à margem de um evento em Lisboa.
Segundo Pinto Ramalho, “os portugueses têm uma opinião muito concreta da história daquilo que tem sido a instituição militar ao longo dos tempos” e, destacou, que “a instituição militar é a única do país que está permanentemente disponível para atuar em qualquer tipo de situação – seja de risco de vida, seja de situação limite – por tempo indeterminado e de forma autosustentada”.
O responsável mostrou-se convencido de que este episódio não vai beliscar a imagem que os portugueses têm das Forças Armadas.
“Eu estou muito confiante, sou muito otimista, e acho que os portugueses têm uma noção muito concreta [sobre a instituição militar], sobretudo, todos aqueles que passaram pelas fileiras ao longo do tempo, que fizeram a guerra em África, e sabem que a instituição militar [está presente] nos momentos críticos, como foi o caso nas inundações na Madeira ou nos incêndios”, reforçou.
O general falava à margem do lançamento do livro “As forças Armadas Portuguesas. A complexidade dos desafios e a condição militar”, do Grupo de Reflexão Estratégica Independente (GREI), no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa.
Também o antigo Presidente da República, general Ramalho Eanes, estava presente neste evento, mas, apesar da tentativa dos jornalistas, escusou-se a comentar o caso de Tancos.
O furto de material de guerra nos Paióis Nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, foi divulgado pelo Exército no dia 29 de junho.
Granadas de mão, granadas foguete anticarro, de gás lacrimogéneo e explosivos estavam entre o material de guerra furtado.
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